quinta-feira, 7 de março de 2013

Filme - Hijos de Las Nubes, La Última Colonia

(Filhos das Nuvens: A Última Colônia) Ano - 2012 Lançamento - Em breve (assista na íntegra no you tube) http://www.youtube.com/watch?v=xeJU8vT4P2Y Direção - Alvaro Longoria Atores - Javier Bardem, Elena Anaya, Carlos Bardem mais Gênero - Documentário Nacionalidade - Espanha, EUA Javier Barden produz e narra o documentário. Este analisa a crise política no norte da África e a responsabilidade de grandes potências (especialmente os Estados Unidos e a França) nos problemas sociais da região do Saara Ocidental. O filme, num tom corajoso e ousado de denuncia mostra a diplomacia política dos países ricos, acusando-os de se guiar por interesses econômicos e geoestratégicos, deixando a ética um pouco de lado. O documentário basicamente expõe o início do drama sofrido pelo Saara Ocidental em 1975, quando o astuto rei Hassan II invocou direitos históricos para anexação do território ao Marrocos e determinou a partida dos colonizadores espanhóis, o fim do pacífico Saara Espanhol. Esse patriotismo cai por terra quando aparece uma série de abusos gratuitos aos saarauis. Reduzido e desestruturado, desde a década de 1970 o povo saaraui divide-se entre: habitantes que permanecem em sua terra, resistindo a torturas e sequestros da polícia marroquina (considerada a mais violenta do mundo); exilados em tendas improvisadas e desprotegidas, que hoje somam cerca de 200.000 pessoas (30% da população); e revolucionários que aderiram à Frente Polisário, movimento que, apoiado pela Argélia (rival histórico do Marrocos). De acordo com a ONU, o Saara Ocidental é a última colônia existente na África. Muitos de seus habitantes são obrigados ao exílio e diversos deles oscilam entre o desespero e a militância. Javier Bardem vai a campo e questiona os interesses geoestratégicos e a responsabilidade das políticas externas do ocidente, em especial dos Estados Unidos e da França, na explosão da Primavera Árabe, em detrimento de questões éticas e legais. No documentário o interessante é que o diretor e roteirista Álvaro Longoria não se deixa sensibilizar pelo drama da situação. Ele mostra sim o cenário real com sensibilidade na medida da situação em que se encontra a África setentrional. O que é um prato cheio para a indústria do cinema. Ganhou o prêmio Goya de Melhor Documentário de 2013 e é claro Javier Barden na narração, mostrando que ser ator não é só mostrar a cara e cuspir palavras decoradas. Estamos acostumados a olhar somente nosso “umbigo”, no documentário conseguimos ampliar nossos horizontes e ver que nem sempre tudo são flores politicamente expondo. Fonte (imagem e pesquisa): http://www.grupoestacao.com.br/

domingo, 22 de janeiro de 2012

Teatro - Palácio do Fim


A sensação de falta de ar ficou ao sair do teatro. Tive a nítida impressão de soco no estomago. De que algo dentro de mim ia se quebrar ou romper, talvez explodir tamanha angústia. A realidade que vemos na TV ou retratado em jornais nem sempre é a verdade real, cuspida e escarrada que deveríamos apreender.
A peça O Palácio do Fim, dirigida por José Wilker e encenada com Camila Morgado, Vera Holtz e Antonio Petrin é...simplesmente brilhante. Uma soldado americana, uma mãe iraquiana e um inspetor de armas britânico respectivamente engolem o palco do teatro com histórias verídicas da Guerra do Iraque.
Três versões de uma mesma história, três monólogos que vão sendo amarrados e depositados na alma, chocando os olhos e ouvidos da plateia. O choque de mostrar que os fatos da guerra não foram novelescos, como querem elucubrar certos governantes, fez várias vezes a mesma plateia fungar engasgada pelas lágrimas.
No palco existe um belo casamento entre luz, som, direção e atuação. Impossível não sentir a presença do detalhista Wilker na direção. Os atores dão show de interpretação. Nunca tinha visto os três em teatro e confesso que, na minha humilde e arrogante opinião, desconfiava de um ou outro.
Mas, após sair da peça só tenho uma palavra a depositar aqui – visceral. A palavra que me veio à boca é claro que não foi essa, fiquei salivando, querendo soltar um gostoso palavrão, em desabafo, mas o teatro apinhado de gente me intimidou.
Indico a quem quer saber um pouco mais sobre um terço do que ocorreu na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, durante a guerra, e sobre o regime de Saddam Hussein.
Entre, sente e se segure na poltrona. Não tenha conceitos definidos, solte suas amarras, segure os nervos, se jogue nas emoções dos atores, beba da sabedoria do texto, deguste a cultura que a peça poderá lhe proporcionar. Indico.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja.

RESPOSTA À REVISTA VEJA:

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”.
É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridas na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior, em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que, infelizmente, são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.
Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior, envolvido nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que, se estudássemos, teríamos uma profissão seríamos realizados na vida. Hoje, os jovens constatam que, se venderem drogas, vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração.
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40h semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que, embora apresente atestado médico, tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.
Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Irmã Dulce, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”, ”puta”, “gordos", “velhos”, entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que tiver forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já serão adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina.
E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade.
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente, de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo.
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

(Recebi esta mensagem de uma amiga querida...é para refletir sobre...)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Não acredito que existam pessoas 100% boas ou 100% más. Esse conceito – bem e mal, no sentido extremo, me incomoda. Ok, isso pode chocar, mas realmente não creio.
Com o tempo nos moldamos ao que nos é oferecido ou nos é convencido. Isso pode influenciar o modo como vemos nossos valores. Como apreendemos nossos valores.
Não acredito que o que está torto possa ser desentortado, mesmo que a resiliência tente em um período mínimo de tempo. Da mesma forma que não creio que a bondade excessiva seja realmente franca, sem um requerer em troca.
O conceito de bem e mal hoje em dia gira em torno do comércio. Alguém “vende” algo e outro alguém “compra”. A lei da oferta e da procura.
Alguém te oferece ajuda e você aceita. Será que um dia esta ajuda não lhe será cobrada?
Vejo tanta gente fingindo coisas que não sentem, dizendo frases descabidas, tomando atitudes desnecessárias que realmente não creio no bem e no mal total.
Mas, por outro lado, estamos em um “mundo/mercado capitalista” e a sobrevivência gira em torno disso. Te ofereço algo hoje e você retribui um algo amanhã. Eu pseudo confio em alguém hoje para poder pseudo viver amanhã.
Parece que a hipocrisia se abateu no mundo (e não me excluo dela... sou humana e muitas vezes com U).
Mas, o que me angustia é saber que tudo poderia ser... ou pelo menos tentar ser, menos hipócrita e menos em cima do muro (tentar ser 100% algo já seria um bom caminho). Dizer o que incomoda, falar não ou sim, chorar, gritar, rir, e outros tantos sem se omitir, usando da hipocrisia o sua máscara de vida.
Estamos sempre em cima do muro.
José Saramago tem uma frase perfeita para isso “nós não merecemos a vida”. Um animal (dito irracional), pelo menos é real e verdadeiro. Não é hipócrita em suas decisões, ele segue o instinto da sobrevivência, nada mais. Este sim é 100% do bem.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Depoimento da professora Amanda Gurgel



Como este desabafo é tão atual e presente...faço das palavras dela as minhas.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Peça de Teatro - Sem Pensar


O roteiro é bem conhecido do nosso dia a dia. Esposa (Denise Fraga) casada a mais de dez anos, descobre que o marido (Kiko Marques) teve um caso com a chefe e não consegue perdoá-lo, pois ainda o ama. Ao mesmo tempo tem em casa uma filha de 12 anos (prestes a completar 13), em plena crise da adolescente.
Esse é o mote da peça Sem Pensar. O texto, no original Spur of the Moment, é de autoria de Anya Reiss, dramaturga londrina de apenas 17 anos. Sua maturidade na escrita faz com que se torne uma revelação. O texto é atual e cuida de temas como o perdão, o medo, o amor e a dificuldade da comunicação entre gerações.
Denise Fraga arrasa no papel de Vicky, mãe da adolescente Delilah (Júlia Novaes), hiperativa e apaixonada pelo inquilino Daniel (Kauê Telloli). Denise mostra que ser esposa e mãe do século 21 pode ser bem mais complicado do que mostram as novelas românticas da televisão.
Em meio a risos e ao ritmo acelerado da peça, Sem Pensar, dirigida por Luiz Villaça, faz os atores brincarem e se movimentarem dentro do palco, induzindo a platéia a ficar presa ao enredo.
Com um elenco bem escolhido, a trilha sonora não poderia ficar de lado. Sob a regência de Théo Werneck ela é um capítulo a parte, “verdadeiramente extraordinário, pra não dizer surreal”, diria Anya Reiss.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Antes de ler o texto acesse e veja o vídeo no link - http://www.youtube.com/watch?v=yFkt0O7lceA

Segunda-feira volta às aulas, para alguns é claro. Fico imaginando o stress encravado no corpo e na alma daqueles que porventura fazem parte deste quadro infeliz. Me refiro aos professores. E quando digo infeliz me refiro ao sufoco que é ter esta profissão neste país.
A falta de capacitação viável para todos, os salários baixos (quando se recebe), a carga horário intensa e em muitos casos a falta de educação dos alunos.
Sempre ouço a frase: na minha época... Mas, realmente, quando criança eu tinha tamanho respeito para com meus mestres. Até hoje alguns ensinamentos passados por eles habitam meus pensamentos.
Me lembro do professor de música Seu Luis (é, tive isso na escola), mostrando partituras e explicando o significado do movimento Bossa Nova e sobre as letras de Pixinguinha. Tomei gosto pela música boa naquele momento.
A professora de história Ana Maria sentada de pernas cruzadas contando sobre o Brasil e seus feitos. Eu viajava junto nas suas frases. Me recordo de quando o diretor entrava na sala e todos levantavam em sinal de respeito, ficávamos em silêncio, pois sempre viria algum comunicado de nossa importância. Hoje ninguém mais sabe o que significa ou até mesmo o que faz um profissional nesta função.
Já na faculdade eu olhava para meus mestres com tanto carinho que queria absorver todas as palavras soltas para que ao entrar no mercado de trabalho eu fosse a melhor profissional contratada. Aula após aula eu desejava mais e mais conteúdo, mais e mais informação. Eu tinha necessidade de entender cada disciplina e o por quê que ela era colocada da maneira que era.
E, pasmem! Não fui a única a ser desse jeito na minha turma.
O que sinto do aluno universitário hoje é uma pressa constante que me desanima e ao mesmo tempo irrita. Pressa esta que o aluno ao ir buscar uma Hoje se percebe que os estudantes estão lá não pelo aprendizado, mas por outra coisa que nem eles sabem o que é.
A falta de respeito para com o professor que esta explicando o conteúdo da disciplina é imensa. Existe uma pitada de agressividade, um desprezo cravado no olhar para com o trabalho do professor, um senso de competição que alguns alunos cospem a cada pergunta elaborada por ele. Isso sem contar o fato de que alguns pensam que são profissionais com 90 anos no mercado – que dominam toda a matéria.
Tenho medo de como será o nosso futuro. São jogados no mercado de trabalho todo ano milhares de “espécimes” e o que é pior sem a menor noção da realidade.
Talvez seja a geração sem noção que eu li em um artigo enviado por uma amiga.
Ok, educação nunca foi prioridade neste país, isso é fato. E, como sempre, partindo dessa premissa, governo após governo os que foram entrando e os que foram saindo, também nunca se preocuparam com este ponto.
O que vai ser colocado no mercado de trabalho? Como será o amanhã (sem plagiar letra de música). “Deixemos o povo ignorante”. Povo ignorante vota errado. Povo ignorante pode ser manipulado. Povo ignorante só pensa no imediato. Povo ignorante age por emoção.
É “povo” aproveite enquanto tens a oportunidade de estudar, sugue todo e qualquer conteúdo dado por um professor. Aquele mesmo que professa, que declara algo, confessa publicamente toda sua sapiência, doa o conhecimento que não lhe é custeado como merecido.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Propaganda Enganosa...


Fui tentar comemorar meu aniversário passando um final de semana na Pousada dos Cântaros na Serra da Cantareira, aqui mesmo em São Paulo, Em uma cidade colada Mairiporã. Não foi indicação de nenhum amigo (da onça...rs), e sim foi uma busca aleatória em sites.
O frio que invadiu São Paulo nestes últimos dias foi convidativo para que eu tomasse esta decisão. Pensei na lareira, no cheiro de mato que sempre me remete ao interior, na cachoeira que a pousada teria, na comidinha boa típica de Serra, isso sem contar com a paz, a calma e o sossego merecido.
Cheguei era quase meia noite, madrugada de sexta-feira, cansada de tanto trânsito (São Paulo não tem mais jeito), eu desejei um banho quente, uma cama confortável, lençóis limpos e o quarto aquecido pelo calor da lareira.
Doce ilusão, nada disso aconteceu.
Ok, a lareira foi acessa, ai veio o cheiro estranho dentro do quarto, abrir a janela nem pensar, o frio trincava lá fora e eu não queria morrer congelada. Fui explorar o banheiro, tive a sensação de nojo, não tomaria banho naquele lugar descalça, nem que me pagassem. O quarto me passou a sensação de mal cuidado, de desleixo. Bem, eu aluguei um apartamento, já que os chalés estavam alugados. Talvez os chalés fossem diferentes.
Eu não me incomodaria se o apartamento fosse pequeno, pouca luz, mal cheiroso, agora ter cama quebrada, colchão torto, cobertores sujos, travesseiro com aspecto de muito usado e a TV de 14 polegadas longe da cama... Fica bem complicado.
A diária, por ser feriado, foi R$125,00, me parecia justa, já que no site era oferecido algo acalentador e aconchegante. Só no site.
O cansaço me dominou e acabei dormindo, ainda bem que o cheiro de mofo não despertou minha asma. O apartamento talvez não tivesse a oportunidade e o privilégio de tomar um ar ou de sentir o sol, como deveria ser na troca de cada hóspede.
Relutei em sair da cama, mesmo não tendo o conforto que eu desejava. Me troquei, meu corpo gelado se recusou a tomar banho. E, fui deleitar meu merecido café da manhã, quem sabe este seria o divisor de águas e eu aquietaria meu sangue espanhol.
Outro engano. O local era aberto ao lado de uma piscina (cheia de lodo). As atendentes bem simpáticas, mas o café (sou viciada em café) estava fraco. Foi me oferecido frios para degustação, mas ao levantar o papel celofane... mortadela. Resolvi pegar café puro e sentei. Ok, ok, agora está parecendo que peguei no pé da Pousada, mas não. A mesa estava balançando, e derrubei meu tão sonhado e desejado cafezinho.
Roubei dois potinhos mínimos de manteiga e besuntei no micro pão que eu encontrei na cestinha que era destinada a eles. É claro que todo este cenário foi palco para a trilha sonora que estava por trás (duas ou três mulheres na cozinha fofocando sobre amenidades em alto e bom tom).
Eu adoro tomar meu café no mais cálido e pálido silêncio. Eu não estava, naquele momento, apta a ouvir mulheres animadas tagarelando sobre problemas que não me diziam respeito, aliás, se eu fosse chefe delas lhes daria algum treinamento sobre. Algo do tipo: enquanto um hóspede esta comendo algo, shut up.
Acho que foi a gota d´água. Me levantei e perguntei para uma senhora (que me parecia a tal chefe) que estava dentro da cozinha, que desejava ir embora e como eu deveria fazer para ficar somente com uma diária.
Para minha surpresa ela nem perguntou se eu tinha assinado algo, por que eu queria ir embora e se eu estava com algum problema. Coisinhas básicas que todo hotel, pousada, chalé etc, seja simples ou cinco estrelas, ou que ao menos preza pelo retorno ou divulgação boca a boca procede. Só avisou que eu deveria sair antes das 12h.
Bem, minha estranheza foi o não questionamento de o por quê eu querer ir embora antes de terminar o final de semana.
Voltei ao quarto e antes de arrumar minhas coisas (ainda teria um tempinho até a saída) resolvi dar um passeio até a cachoeira. Andei alguns metros mato adentro e a avistei de longe. Isso não durou dez minutos, resolvi voltar e ir embora o mais rápido possível, pois me sentia muito incomodada com a falta de respeito dos responsáveis pelo local.
A surpresa foi encontrar uma funcionária toda tímida avisando que a moça (aquela da cozinha) estava solicitando que eu pagasse os R$ 15,00 da lenha que eu consumira na noite anterior. O desejo dela era somente esse, em nenhum momento a causa da minha saída fora questionada. Achei total falta de respeito. O que me alerta para nunca mais voltar lá.
O nome da tal pousada me remeteu a expressão “Chovia a cântaros”, que na linguagem popular - chovia demais, em abundância. Mas, então se a pousada tem este nome, deveria pecar pela “demasia” no bem estar ou pela “abundância” na delicadeza e selar pelos hospedes.

sábado, 11 de setembro de 2010

De 11 em 11 de Setembro as dores voltam...


Sou solidária a dor dos familiares do 11 de setembro dos EUA, não concordo com a morte de quase 3 mil pessoas inocentes. Morreram por uma causa que não tinham nenhuma culpa, aliás, morreram sem saber as causas de.
Eu poderia divagar sobre o “matar por matar” aqui, mas não é este o caso. Nove anos da queda das torres gêmeas e nove anos sem cessar a dor das famílias, dores estas que nada e nem o tempo poderão acalmar.
Mas, se olharmos aqui na América do Sul também tivemos um 11 de setembro. Foi nesta data, em 1973, que foi feito o último discurso do então primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista, eleito democraticamente na América Latina, Salvador Allende.
Allende foi deposto por um sangrento golpe de estado liderado por seu chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet. E, para não se entregar a ele, cometeu o suicídio, dentro do Palácio de La Moneda. Foi enterrado em cova comum, só veio ter um enterro com honras após a que da de Pinochet, em 1990.
O golpe teve início na costa pacifica, em Valparaiso, e logo depois seguiu para Santiago. Contando com a ajuda de um WB-575 - um centro de telecomunicações da força aérea americana.
O governo Pinochet durou de 1973 até 1990, considerado o período mais autoritário e violento da história do Chile. Perseguição aos organismos sindicais, neutralização das organizações sociais, proibição da existência de partidos políticos, proibição do direito de reuniões e associações, fechamento do Parlamento, ausência mais absoluta de liberdade de imprensa e de expressão de pensamento, eram exemplos do que o governo impunha.
Dizem que morreram cerca de 20 mil pessoas durante o governo Pinochet, outros falam em um número ainda maior. Outros falam que milhares de pessoas foram levadas até o Estádio Nacional e torturadas até a morte. Pinochet morreu no dia 10 de Dezembro de 2006, aos 91 anos, sem pagar por todas as mortes e barbaridades cometidas ao povo chileno.
O engraçado é que no Brasil também tivemos ditadura, e tão forte quanto, tão violenta quanto. Quem vivenciou na pele a repressão sabe muito bem o que estou falando, mas me parece que preferimos esquecer e nos acomodar.
Reflexo desse "relaxo" e da passividade do povo, são os políticos de hoje. Brincadeiras na TV; qualquer um virando candidato; ex-ladrões entrando na política, entre outras “pérolas” que se fuçarmos em nossos livros e sites de história (já que a mente esqueceu) veremos e saberemos quem fez o que.
Mas...passividade...impera...

Hoje, 11 de setembro de 2010 os chilenos refletem sobre os 20 anos de liberdade, de “não a Pinochet”.

Abaixo um trecho do discurso de Salvador Allende, minutos antes de cometer suicídio:

“Trabajadores de mi Patria, tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo en el que la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, de nuevo se abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor.
¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!
Estas son mis últimas palabras y tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano, tengo la certeza de que, por lo menos, será una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición”. Salvador Allende

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Eu voltei...


Voltei, após 6 meses sem postar nada...voltei.
Confesso que senti falta da escrita por aqui. Mas, confesso também que meu ácido textual estava me consumindo. Mas, nasci assim...rs

Você sabe o que significa a um canceriano esquecer seu aniversário?
Não, não sabe. Só quem é deste signo sabe o real significado dessa falha “mortal”. NUNCA, mas NUNCA esqueça o aniversário de um, caso queira continuar a ser seu grande amigo...ok.


Mãe de Deus, vendo o “lançamento” do emblema da copa de 2014, no Brasil não sei se ficava com orgulho ou com receio do que esperar disso. Confesso belos vídeos, belas propostas, belas vontades, mas...me preocupa se isso irá dar certo ou não. Não gostaria de ver meu país fazer papel de tonto diante de todo o mundo. Literalmente do Mundo.
Se fazer uma Copa no país significa melhorar o transporte e a economia, ai sim eu vejo vantagem, mas no Brasil nem sempre o que é prometido é cumprido. Existe muita falácia e isso já me irritou.

Analogias e pérolas Lulisticas:
Bom caráter – Romário;
Companheiros e companheiras...(gente ele estava entre autoridades);
Puxar a orelha do Platini, pois ele tirou o Brasil de uma copa...aff;
Franz Beckenbauer é o melhor jogador de futebol depois dele (sim...ele, Lula) e do Pelé (Jesus me segura);
Hans Donner e Paulo Coelho palpitaram sobre o emblema de 2014...segura.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PEC do diploma é aprovada em comissão do Senado


A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira (02/12), a Proposta de Emenda à Constituição 33/2009, que restitui a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. O projeto segue para o plenário da Casa, onde será votado em dois turnos.

Durante a reunião, os senadores expuseram seus pontos de vista sobre a matéria. O presidente da comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), foi a principal voz contrária à aprovação. Em sua opinião, a decisão do Supremo Tribunal Federal foi acertada e qualquer tentativa de regulamentar a profissão seria novamente derrubada.

Entretanto, a PEC foi aprovada pela ampla maioria dos membros da comissão. Apenas Demóstenes e seu companheiro de partido Antônio Carlos Magalhães Júnior (BA) votaram contra a aprovação.

De acordo com o autor da PEC, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), a exigência do diploma garante a proteção dos jornalistas.

“Infelizmente, da forma como está hoje, um empresário de comunicação pode dizer o seguinte: ‘meu amigo, você está exigindo um salário muito alto. Então vou chamar o fulano, que tem o segundo grau, e vou pagar a metade do que você está ganhando’”, disse Valadares.

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo, acompanhou a votação e ficou satisfeito com o resultado. “Não existe conflito entre diploma e o livre exercício de expressão. Agora temos um atestado do Senado”.

Apesar da aprovação, a mobilização continua e a entidade busca um consenso com as organizações patronais. De acordo com Murillo, a Fenaj, junto com a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), “pode buscar uma solução que contemple a regulamentação e garanta a liberdade de expressão”.

“Não estamos atrás de enfrentamento, só não vamos aceitar que a profissão seja desregulamentada”, afirmou.

Fonte: site Comunique-se

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

GAFE olímpica

Americano sempre acha que são os “donos do mundo”. Seja qual for o assunto, eles sempre são melhores e, caso não consigam, dão um “jeitinho” de serem superiores.
O ator Robin Willians, que particularmente eu era fã, em entrevista ao Late Show apresentado por David Letterman, fez piada sobre o Brasil ter sido eleito para sediar as olimpíadas de 2016.
Assim que a entrevista começou o ator lamentou que a apresentadora Oprah e a primeira dama Michelle Obama não tenham ajudado na escolha de Chicago para a sede olímpica.
Nas palavras do ator o Brasil conseguiu porque mandou 50 strippers e meio quilo de pó. Segundo ele isso não foi uma competição justa.
O sujeito esquece que os EUA é o maior consumidor de drogas ilícitas do mundo e que o próprio Robin Willians já foi internado em clínicas especializadas pelo consumo de várias. Hipocrisia pura, despeito explícito.
É triste ouvir isso da boca de alguém que eu admirava como ator. Coloquei o verbo no passado, pois agora começarei a rever meus conceitos cinematográficos quando este aparecer o nome do cidadão.

Assista a matéria: http://gnt.globo.com/Materias/Robin-Williams-imita-Tom-Cruise-e-diverte-a-plateia-no-Letterman.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão...


Era apresentação de TCC dos alunos, umas 22 horas e alguns minutos, tudo apagou. Alguns cogitaram serem “forças do além” ou energias negativas, vai saber. Melhor não facilitar e bater três vezes na madeira.
Cheguei em casa após cruzar São Paulo às escuras, venci caminhões e carros no vazio negro da cidade. O breu imposto pelo apagão me fez refletir sobre alguns “brancos ou negros” (sem racismos) que sinto às vezes sobre minha vida.
Melhor esquecer o quanto devo no cartão de crédito. Mais saudável deletar quantas dores emocionais tive neste ano. É razoável apagar tudo o que de triste vivenciei nos últimos meses da minha vida.
Mas, será impossível sumir e/ou desligar a falta de respeito das autoridades deste país para com nós cidadãos. Duvido que estas horas sem energia serão descontadas na minha conta de energia do mês.
O Lobão, ministro, uivou sobre o que poderia ter acontecido...”a falha foi decorrência de causas naturais”, sei, sei..., significa que as tais “causas naturais” podem “brincar” com minha rotina? Mas, por via das dúvidas vou incluir uma lanterna na minha cesta básica.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009



Ahh meu São Judas, protetor das causas impossíveis dai-me tua proteção. Impossível ter paciência, impossível eu dormir direito, impossível eu resolver todos os meus problemas, impossível eu me organizar...impossível...impossível....impossível...

Só o senhor concebe a graça do algo impossível, então vou pedir que os políticos brasileiros sejam honestos; peço que São Paulo fique sem trânsito; que todas as prisões sejam implodidas, pois não tem quórum; que a corrupção seja banida; que os desejos mais simples de cada ser humano sejam atendidos; que as dívidas sejam perdoadas; que o sol nasça todos os dias; que todos os defeitos humanos sejam sanados...

Eu rogo, por favor, meu São Judas atenda meus pedidos...

Complicado né? Impossível MESMO, não é? Está vendo como é difícil? Dá muito trabalho, então, acho nem que o senhor pode resolver...rs

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O mês de outubro é Rosa


Outubro Rosa é um movimento, um esforço mundial para mobilizar a sociedade e principalmente a população feminina para o combate ao câncer de mama. Durante todo o mês de outubro, diversos eventos organizados pela Femama (http://www.femama.org.br) vão alertar sobre a importância da mamografia anual e do auto-exame no diagnóstico precoce, buscando conscientizar um número cada vez maior de pessoas sobre os alarmantes índices da doença.

O movimento Rosa nasceu a dez anos nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia/EUA. Desde então, vários outros lugares do mundo aderirão, que tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que vai afetar a vida de mais de 49 mil brasileiras até o fim de 2008.

O Outubro Rosa vem transformando os mais conhecidos pontos turísticos do mundo. Diversos países já se engajaram no Outubro Rosa, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Grécia, Itália, Israel e Austrália, entre outros. Durante um mês, palestras e eventos públicos, estandes instalados em lugares de grande circulação, peruas equipadas com material educativo e monumentos e prédios históricos iluminados de cor-de-rosa lembram as mulheres da luta global contra o câncer de mama.
Pela primeira vez, ações iguais às realizadas no restante do mundo acontecerão no Brasil em diferentes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. O Outubro Rosa também está colorindo as páginas da internet. É cada vez maior o número de blogs e sites que apóiam o movimento, vestem se de cor-de-rosa e disseminam informações sob
Para aderir ao movimento, basta promover ações que marquem outubro como o mês da luta contra o câncer de mama. Engaje-se, use a criatividade e participe. Envolva sua cidade, sua empresa, a família e os amigos. Qualquer ação é bem-vinda, mas deve estar sempre acompanhada da informação sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama.

Saiba como você pode fazer a diferença.

- Ilumine em tons cor-de-rosa prédios, praças, monumentos, lojas e escritórios;
- Pinte muros, calçadas, meio-fio, faixas de segurança;
- Coloque banners ou laços cor-de-rosa em fachadas, sacadas, janelas;
- Adapte seu site com a inserção de banner do Outubro Rosa ou do laço cor-de-rosa;
- Envolva funcionários e colaboradores, com palestras, distribuição de material informativo, e sugira a eles para que usem detalhes cor-de-rosa nas roupas.
- Organize oficinas e palestras sobre o auto cuidado com a saúde e sobre a saúde da mama para pais e familiares dos alunos;
- Realize uma oficina de pintura de muros e/ou painéis na cor rosa ou reproduzindo o laço cor-de-rosa (em versões dos estudantes) com os alunos;
- Sugira aos alunos trabalhos de pesquisa na internet sobre câncer de mama (e outros), cuidados com a saúde, Outubro Rosa, etc.;
- Sensibilize pais e mães de alunos, familiares e professores.
- Distribua rosas a suas funcionárias em um dia de outubro;
- Troque os copinhos de plástico branco por cor-de-rosa por um dia, uma semana ou durante todo o mês, e faça o mesmo com os guardanapos.
- Adapte seu site com a inserção de banner do Outubro Rosa ou do laço cor-de-rosa;
- Realize parcerias com as organizações e grupos de apoio à saúde da mama em ações de sensibilização pública;
- Envolva voluntários em ações de sensibilização da comunidade e, especialmente, das mulheres para a importância do auto cuidado e dos exames para detecção precoce do câncer de mama.
- Pendure panos, faixas ou um laço rosa em sua fachada, sacada, janelas;
- Prepare um jantar para seus amigos e coloque à mesa toalha e guardanapos cor-de-rosa;
- Enfeite seu carro com fitas cor-de-rosa na antena, no retrovisor ou no chaveiro;
- Vista-se de cor-de-rosa, crie um detalhe no seu figurino, um lenço, uma fita ou um cachecol amarrado à bolsa ou à mochila;
- Use e abuse do rosa no seu site, blog, Twitter, Orkut ou Facebook;
- Fale com outras pessoas sobre a importância do auto cuidado e da detecção precoce do câncer de mama;
- Se você tem tempo disponível, contribua, seja voluntária da causa ao lado de entidades e grupos de apoio à saúde da mama.

Fonte: http://www.mulherconsciente.com.br/

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Transcrição do discurso de Severn Cullis-Suzuki

(Discurso feito em junho na ECO-92 reunião da ONU)

"Olá! Eu sou Severn Suzuki. Represento, aqui na ECO, a Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente. Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 e 13 anos, tentando fazer a nossa parte, contribuir. Vanessa Sultie, Morgan Geisler, Michelle Quigg e eu. Foi através de muito empenho e dedicação que conseguimos o dinheiro necessário para virmos de tão longe, para dizer a vocês, adultos, que têm que mudar o seu modo de agir.

Ao vir aqui, hoje, não preciso disfarçar meu objetivo: estou lutando pelo meu futuro. Não ter garantia quanto ao meu futuro não é o mesmo que perder uma eleição ou alguns pontos na bolsa de valores. Estou aqui para falar em nome das gerações que estão por vir. Estou aqui para defender as crianças que passam fome pelo mundo e cujos apelos não são ouvidos. Estou aqui para falar em nome das incontáveis espécies de animais que estão morrendo em todo o planeta, porque já não têm mais aonde ir. Não podemos mais permanecer ignorados!

Eu tenho medo de tomar sol, por causa dos buracos na camada de ozônio. Eu tenho medo de respirar este ar, porque não sei que substâncias químicas o estão contaminando. Eu costumava pescar em Vancouver, com meu pai, até que, recentemente, pescamos um peixe com câncer. E, agora, temos o conhecimento que animais e plantas estão sendo destruídos e extintos dia após dia.

Eu sempre sonhei em ver grandes manadas de animais selvagens, selvas e florestas tropicais repletas de pássaros e borboletas. E, hoje, eu me pergunto se meus filhos vão poder ver tudo isso. Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade?

Tudo isso acontece bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções; mas, quero que saibam que vocês também não as têm.

Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio. Vocês não sabem como salvar os peixes das águas poluídas. Vocês não podem ressuscitar os animais extintos. E vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram onde hoje há desertos. Se vocês não podem recuperar nada disso, por favor, parem de destruir!

Aqui, vocês são os representantes de seus governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos; mas, na verdade, vocês são mães e pais, irmãs e irmãos, tias e tios. E todos, também, são filhos.

Sou apenas uma criança, mas sei que todos nós pertencemos a uma sólida família de 5 bilhões de pessoas; e que, ao todo, somos 30 milhões de espécies compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo. Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade.

Sou apenas uma criança, mas sei que esses problemas atingem a todos nós e deveríamos agir como se fôssemos um único mundo rumo a um único objetivo. Estou com raiva, não estou cega e não tenho medo de dizer ao mundo como me sinto.

No meu país, geramos tanto desperdício! Compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora... E nós, países do Norte, não compartilhamos com os que precisam. Mesmo quando temos mais do que o suficiente, temos medo de perder nossas riquezas, medo de compartilhá-las. No Canadá, temos uma vida privilegiada, com fartura de alimentos, água e moradia. Temos relógios, bicicletas, computadores e aparelhos de TV.

Há dois dias, aqui no Brasil, ficamos chocados quando estivemos com crianças que moram nas ruas. Ouçam o que uma delas nos contou: "Eu gostaria de ser rica; e, se o fosse, daria a todas as crianças de rua alimentos, roupas, remédios, moradia, amor e carinho". Se uma criança de rua, que nada tem, ainda deseja compartilhar, por que nós, que tudo temos, somos ainda tão mesquinhos?

Não posso deixar de pensar que essas crianças têm a minha idade e que o lugar onde nascemos faz uma grande diferença. Eu poderia ser uma daquelas crianças que vivem nas favelas do Rio. Eu poderia ser uma criança faminta da Somália, ou uma vítima da guerra no Oriente Médio; ou, ainda, uma mendiga na Índia.

Sou apenas uma criança; mas, ainda assim, sei que se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso a Terra seria!

Na escola, desde o jardim da infância, vocês nos ensinaram a sermos bem-comportados. Vocês nos ensinaram a não brigar com as outras crianças, a resolver as coisas da melhor maneira, a respeitar os outros, a arrumar nossas bagunças, a não maltratar outras criaturas, a dividir e a não sermos mesquinhos. Então por que vocês fazem justamente o que nos ensinaram a não fazer?

Não esqueçam o motivo de estarem assistindo a estas conferências e para quem vocês estão fazendo isso. Vejam-nos como seus próprios filhos. Vocês estão decidindo em que tipo de mundo nós iremos crescer. Os pais devem ser capazes de confortar seus filhos dizendo-lhes: "Tudo vai ficar bem, estamos fazendo o melhor que podemos, não é o fim do mundo". Mas, não acredito que possam nos dizer isso. Nós estamos em suas listas de prioridades?

Meu pai sempre diz: "Você é aquilo que faz, não o que você diz". Bem... O que vocês fazem, nos faz chorar à noite.

Vocês, adultos, dizem que nos amam... Eu desafio vocês: por favor, façam com que suas ações reflitam as suas palavras.

Obrigada!"

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E aí São Paulo! Quem te ajuda?



08 de setembro, caus total no trânsito de São Paulo, 05. Tudo parado, nunca vi a av. Bandeirantes desse jeito, 06. Entrei em pânico, tenho que chegar ao meu trabalho, a gasolina está na reserva, como vou passar para o lado direito? 07. Piada, eu nem me mexo.
Desisto e desligo o carro. Vai que ele esquenta, para onde vou correr e pedir socorro? Aliás, nessas horas nem se eu ligar vou conseguir ajuda, o povo não anda. Ainda bem que tenho água, balas e o rádio como suprimentos.
08, eu desisto de tentar achar um buraco no meio do trânsito, 09. Desisto de tentar ficar calma. Os caminhões desligam. Os carros ao meu lado idem, e eu? Não vou conseguir desligar, 10.
Vejo logo a frente que existe um alagamento, 11, novidade. E eu ainda nem entrei na marginal Pinheiros, 12. Que desespero, meu chefe vai me matar, 13, eu vou me “matar”. Será que trouxe algo para ler?
Depois de um tempo minha água acaba, 18, as balas acabam, a rádio me irrita, eu me acabo. Desço do carro, ficar dentro está me irritando, 14. Vou tentar fazer amizade com meus “semelhantes”.
Sabe aquela sensação de: ”se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, era isso que passa pela minha cabeça, 15. Por que fui sair de casa?
Nada anda, nada se mexe, nenhum carro muda de pista ou engata a primeira marcha, 16. Comecei a conversar com os outros motoristas que padecem da mesma enfermidade que eu, 17. Todos inconformados.
O que acontece com São Paulo? 18. O que falta para que as autoridades e a população tomem consciência, sim porque a culpa é de ambos, 19.
Jogamos lixo em qualquer lugar e isso entope bueiros, 20, e, melhorar o transporte coletivo custa caro aos cofres públicos....ahhh...e também não dá voto, 21.
E aí, 22, São Paulo, eu sinto pena de você hoje, qualquer dia vai surtar, parar e pedir demissão dessa vida louca, 23. Pior que quem irá ficar sem “teto” somos nós.
O que eu estou contando? As 24, 25, 26, 27... vezes que o semáforo abre e fecha e eu continuo aqui, parada, rodeada que outras tantas pessoas na mesma situação. Alguém se habilita a nos ajudar?

domingo, 23 de agosto de 2009

Paciência


O que se faz quando a paciência foi embora ou até mesmo quando nem ao certo se sabe o que se quer dela? Falo tanto nessa palavra que mesmo procurando no dicionário eu não consigo me ater ao significado dela. Para mim paciência significa outra coisa, tem outro conceito, é outra concepção.
Paciência para mim é algo que não sei lidar, não sei explicar, não sei entender e resumidamente não quero. Aliás, acho que realmente é isso – eu não desejo apreender o seu significado. Paciência tentou entrar na minha vida e eu não deixei, não abri minhas portas para ela.
Paciência chegou cheia de presentes na mão e joguei tudo no chão. Nada que venha dela me agrada. Nada ligado a ela me atrai, me deixa em paz, me satisfaz.
Paciência é uma daquelas tias velhas que só aparece na tua casa para te apertar as bochechas e te chamar de fofa. E parecer “fofa” é algo que eu realmente não desejo a essa altura da vida.
Paciência é um pneu furado em pleno centro de São Paulo as duas da manhã. Rua vazia eu sozinha e pior, não tenho ideia onde fica o estepe.
Paciência é uma cebola crua, sem gosto, e ainda, do nada, me faz chorar. Ela é um trem perdido em pleno Brás, um metrô às 18hs na estação Sé. Paciência é um sorvete salgado salpicado de coco. É um doce de feijão ou um tratamento de canal.
Paciência para mim é algo tão insólito, tão abstrato, tão “impalpável”, tão desagradável, tão sem sentido, tão amargo, tão injusto, tão dolorido e outros tantos “tãos” que em cansei só de abrir minha alma sobre essa tal de paciência

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Dia dos Pais


Sumiu o beijo de boa noite. Parou o café com leite dado na cama todos os dias. Não ouço mais ele me chamando de muñeca. Ninguém mais me busca na escola. Acabaram-se os jogos de futebol e os cuidados. A primeira visão masculina que se tem na vida, a primeira inspiração, o primeiro exemplo masculino, a primeira pessoa que se pensa quando a palavra segurança passa na mente. Meu porto seguro. O olhar de aconchego. Dez anos sem. Dez anos de falta.

Texto na Revista do Jornal O Globo - Martha Medeiros - Jornalista e escritora

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M...A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Falta do quê...

Sabe aquela falta que nada e nem ninguém sabe do que é? Pois é, existe. Uma falta danada de algo que não se sabe do que é.
Pior que isso dá uma angustia tão grande de vida, mas tão grande que vira banzo. Acho que terei que explicar o que é isso? Banzo, no dicionário popular é uma palavra que os escravos usavam quando sentiam saudade ou falta muito doida de seu lugar de origem. Seja esta origem qual fosse.
A falta é realmente isso, algo bem intenso. Uma falta daquilo que ainda não se teve. Falta de viver algo que ainda não se viveu. Falta do eu. Falta de se encontrar. Falta de sabe-se lá o quê. Falta é a ausência de algo, e quando não se sabe ao certo que “algo” é esse? Que ausência é essa?
Falta tem cara de algo triste, inverno sozinho, bolo sem açucar, chocolate branco, pão duro, cheiro de Lapidus, esfolado no joelho, catupiry e doce de coco. Falta tem aspecto de dor e de vazio. Falta me remete ao que é ruim.
A vida é sempre uma eterna busca, um eterno aprendizado, mas sem saber ao certo o que se buscar, o que se aprender, ai fica bem difícil. Como se vive dessa forma, de que jeito de administra uma vida tendo essa falta como espelho constante?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Viver...

Hoje me deparei com a frase: Para quê se vive? Parei e fiquei refletindo sobre ela. O pior é que me deu pânico ao não saber a resposta. A gente cresce, aprende um bando de coisas, às vezes usamos, outras vezes nem tanto, mas e depois? O que fazer?
Se viver precisa de uma razão? Me disseram uma vez que se você tem alguns prazeres a vida fica bem melhor. Que se fizermos o que nos proporciona prazer, a vida se torna bem mais fácil e tranqüila. Ai me veio terror e os vários questionamentos: e quem não faz o que gosta? E quem não sabe ao certo o que lhe dá prazer? E quem nem ao certo sabe o que é o viver?
Aterrorizante. Parei e pensei: prazer. Existem raras coisas que me dão prazer. Às vezes durante 24hs só me sopram 3 ou 5 minutinhos dele. Isso é triste? Ou exigente demais com a minha vida ou com o meu viver? De novo não sei as respostas.
Acho que para saber o para quê se viver é necessário eu repensar sobre como venho administrando a minha vida. Sou péssima em finanças, um desastre em economia e depressivamente “ilha” quando se trata de questionamentos humanos.
Fechei meus olhos para repensar sobre o viver e lá veio a música do Roberto Carlos (sem grandes apreços por ele ok), mas, o vizinho resolveu atacar de DJ e meus ouvidos não ficaram ilesos. A frase ressoou e cravou feito uma luva, se encaixou perfeitamente ao que sinto e sou.

“As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza(...)
Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum(...)
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim”.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Extra!! Extra!!

Compre 2 ‘pastel’ na feira e ganhe curso de Jornalismo grátis

É pensando exatamente dessa forma de acordei hoje. O Supremo Tribunal Federal revogou a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Esta decisão foi criticada pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa), mas elogiada pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) e pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), ou seja, nem os representantes da categoria se entendem.

O que me deixa triste é saber que um indivíduo qualquer irá tirar o doce da boca de um profissional que estudou durante 4 anos. Eu até concordo que a prática diária de um jornalista é o que realmente o faz, mas a partir do momento em que este entra em uma faculdade aprender, a desenvolver sua gana e as suas habilidades para exercer esta função.

Aprendi muito do que sei vivenciado na prática dos jornais e revistas por onde passei, mas em todo o momento que tomo minha carteira de jornalista nas mãos e/ou tenho que colocar em voga funções que me foram cabidas, me lembro das palavras dos professores, me orientando e direcionando a um mundo desconhecido.

A universidade de jornalismo me deu a base, me mostrou uma teoria que talvez eu demorasse anos para apreender. Psicologia, Sociologia, Ética, Direito e Legislação, Estatística, Técnicas de Redação, de Entrevistas, Fotojornalismo, Telejornalismo, Radiojornalismo, Assessoria de Imprensa...e outras tantas disciplinas que cursei durante 4 anos.

Onde se aprende essas disciplinas na prática? Em qual momento do dia a dia corrido de um jornalista é possível refletir com tempo sobre uma pauta? Pensar sobre o ser humano que vamos “invadir” com perguntas muitas vezes impertinentes? Em qual momento da prática temos o tempo da teoria? Talvez o Supremo Tribunal consiga responder as estas questões.

Popularizar o que não é popular. Jogar qualquer ‘gente’ na fogueira esperando que estes sejam ‘relatadores’ de fatos. Brincar com a notícia. Expor o que não se deve de forma ‘tabajara’, sem técnica, sem regras, sem teoria e sem história. A Universidade nos dá a precisa teoria, a necessária teoria. O que, após a fase Foca assimilamos e unimos à prática. As duas casadas fazem um competente jornalista.

Eu só tenho um mísero desabafo: Brasil!! Mostra a tua cara!!! Ouviram senhores do STF? Qual será o próximo passo? Retorno da Ditadura? Calar nossas bocas???

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Filme: Ele não está tão a fim de você (EUA/Alemanha)


Você realmente gosta daquele cara, mas não consegue saber se ele gosta de você? Você inventa desculpas, decide que ele está confuso, ou que talvez seu telefone esteja com problemas? Pare de se enganar mulher. Existe uma explicação muito mais simples: ele não está a fim de você.
Adaptado do livro Ele simplesmente não está a fim de você, de Greg Behredt e Liz Tuccillo, traz uma linha meio que de auto-ajuda feminina.
Os autores contam casos e dão respostas que ninguém quer ouvir, ou seja, a realidade. Questões com o contexto do tipo - se ele não quer casar, pode ser que ele não queira casar com você, e não seja contra o casamento, dói ao saber a real forma do pensar humano, mas é melhor saber a verdade.
Não é raro que pessoas independentes, com uma carreira, paguem suas contas, ou seja, são minimamente inteligentes e cientes do que se passa à sua volta, busquem arrumar desculpas para simplesmente não ter um segundo encontro. Idas e vindas, desencontros, pseudo-amores, desencontros, dores de amores, se ele não liga; se ela não está dormindo com você, se ele não quer casar com você, se ele está dormindo com outra pessoa etc. Pessoas comuns passando por relacionamentos comuns que comumente nunca percebemos os detalhes de cada um deles.
Uma das personagens Gigi, romântica de carteirinha, sai com Conor, que simplesmente não liga no dia seguinte. Alguma mulher se identificou? Quando ela vai à casa do bonitão, conhece Alex, colega de quarto de Conor, e que tem uma visão muito clara sobre o mundo. Empenhando-se em mostrar a verdade para Gigi numa viagem ao complicado mundo da mente dos homens. Conor está namorando uma cantora chamada Anna, mas ela gosta mais de Ben, que é casado com Janine, que trabalha com Gigi, que se entrelaça com outras tantas histórias sobre relacionamentos. Juntando tudo surge uma gostosa comédia romântica. Confusa, como todo relacionamento, mas bem agradável de curtir.
O filme segue uma narrativa com um roteiro bem amarrado e de fácil acesso, o que garante boas risadas. Ele não está tão a fim de você consegue ir além do obvio romântico, do “foram felizes para sempre”, do convencional, do que sempre se espera de um relacionamento. A história mostra que pode se gostar, se amar de diferentes formas, de jeitos e maneiras, sem seguir regras e estereótipos e, plagiando o Rei, “se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi”.

quinta-feira, 28 de maio de 2009



Saudade do Português

O vai ser de mim sem os acentos? Aprendi na escola, lá na década de 80(entreguei a idade) que os acentos eram primordiais para um português polido, correto. A língua perderá a magia. Para os nostálgicos de plantão como eu, haverá muito “sofrimento”, e nada será como antes.
Os acentos sempre foram utilizados para indicar, na escrita, a pronúncia correta de uma palavra. E agora toda a essência depositada no papel vai mudar. O bom e velho ditongo aberto em palavras paroxítonas foi embora - A Coreia apoia a ideia da assembleia. Cadê a graça da frase? Não tem ênfase, não tem vida, não tem...acento.
A autoafirmação das palavras corre na contraordem da infraestrutura academica que todos já estamos habituados. O hífen pegou as malas, não deixou bilhete e caiu no mundo, numa autoestrada, totalmente abandonado e semiembriagado pelas novas regras de ortografia brasileira.
Em uma conversa coloquial tudo continuará na mesma, ninguém vai dizer: a feiura daquela frase - sem acento, foi reescrita. Mas, tudo muda no texto escrito, a magia do acento vai se esvair, se apagar, vai para o mesmo lugar onde mandaram os acentos – para Terra do Nunca. E como tudo o que se vai um dia, o que fica será a saudade.
Um sofrimento maior para mim será a perda do trema. O que eu farei sem o trema? Aguentar as consequência, ficar tranquila ou ser eloquente, este será o meu fim? O fim da nostalgia. O trema sempre me remeteu ao passado, a um aperto no peito. O trema me remete a algo pueril do século 18 ou 19, aos poetas que morriam de amor, escrevendo versos dedicados a uma paixão platônica (esta continua com o acento?).
Nos livros didáticos as novas normas, só serão válidas em 2010 e obrigatórias a partir de 2012. Três anos para sucumbirmos à democracia. Três anos para corrermos e alteramos toda a forma de escrever que já havíamos adquirido. Três anos para perder o romantismo aprendido e apreendido na infância.
As mudanças foram ditadas, mas, e a tal democracia, onde fica? Esta que, aliás, também aprendi na escola, na mesma década de 80(entregando a idade de novo), que seria um regime de governo onde o poder de tomar decisões políticas importantes estaria nas mãos dos cidadãos (povo), direta ou indiretamente.
Então, não me lembro de ter votado ou ter expressado minha opinião sobre o assunto em pauta – o acento. Ninguém pediu minha “permissão”, nem fui consultada sobre o fato de ele ser mandado embora, demitido, sem direito a uma apelação ou qualquer outro abono. O que farei com a falta, o vazio que ficará, com a dor da perda, da partida?
Escrever em um texto que o pelo do gato me dá alergia ou que ela não para de sofrer por amor, ficará muito estranho. Como tudo o que é imposto ao ser humano, temos a capacidade de adaptação. Então, dizem que a tendência é “acostumar”, ou seja, habituar-se a fazer algo. Plagiando Clarice Lispector, “a gente se acostuma para poupar a vida, que aos poucos se gasta, e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma."

domingo, 24 de maio de 2009


Vazio ou silêncio?

Ok, alguém pode me dizer como lidar com o vazio? Ou seria com o silêncio? Eu tenho a mania de ficar incomodada com o excessivo silêncio ou seria com o vazio. Os dois sempre me confundiram, mas refletindo sobre os dois chego a conclusão de que silêncio é gratificante, mas o vazio pode ser triste.
As duas sensações sempre me fizeram pensar e refletir sobre a vida. Chego em casa e a primeira coisa que faço é ligar a TV ou o computador. Mesmo não assistindo ou acessando algo, lá ficam eles, ligados, parados e sozinhos. Eles me olham, meio que dizendo:
_ Vai, faz alguma coisa, se mexe, não fica ai com pena de você mesma, sozinha, apreciando teu vazio interior!!
Essa minha necessidade em ter barulho quando fico sozinha, em sentir dor no estômago quando bate um vazio inexplicável, uma sensação de que falta algo, de que tenho mil coisas a fazer, será que é alguma patologia? Vazio ou solidão, ninguém me diz o que é. Ou é algo totalmente natural?
Os dois se confundem, são duas sensações, dois sentimentos com limites tênues entre si. Vazio e silêncio. Muitas vezes me sinto sozinha estando perto de milhões de pessoas. Solidão sim, solitária não. É uma solidão d’alma, um vazio de alma, de espírito, um vazio sem vida, sem vontade, um silêncio interno, sem respostas.
Muitos não admitem sentir ou não se apropriam do vazio ou do silêncio, lutam contra e pronto. Eu degusto os dois, vivencio intensamente ambos, quem sabe assim eu aprendo mais sobre, e de quebra mais sobre mim.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aprender

Nossa como tem sido difícil isso viu. Aprender a mudar, aprender a ter paciência, aprender a me controlar. Controlar meus hormônios e meus nervos. Aprender a aprender e, aprender a apreender. Tudo deveria vir encaixotado ou em forma de pílulas, você toma e pronto, em 20 minutos depois tudo fica bem.
Mas, nada é desse jeito ou do jeito que EU quero que seja. Se fosse assim, a vida, a minha vida e de muitas pessoas estaria bem mais tranqüila, bem mais fácil. E quem disse que a vida é fácil?
Assisti pela enésima vez ao filme Alguém como você, uma comédia romântica água com açúcar, mas que toda vez me faz pensar. A personagem vive um dilema sobre relações homem e mulher. E, analisando o filme eu penso qual o por quê de sermos tão diferentes? Razão e sensibilidade; corpo e alma; olhos e ouvidos; céu e inferno...
Inferno? É isso ai, nunca nos entendemos, nunca conseguimos falar a mesma língua. Tenho a nítida impressão de que eles falam javaneses e nós zamundenses, traduzindo, nunca vamos nos entender. A linguagem dos homens é a língua visual, a nossa é a sentimental.
Eles vivem falando que somos difíceis de entender, nós por ouro lado reclamamos da mesma coisa. Será que um dia vão fabricar um dicionário capaz de traduzir o que falamos? Ou um simulador que poderemos pendurar no pescoço ao conversarmos com o sexo oposto.
Seria muito engraçada a situação: calma amor, eu vou ligar o botão, assim podemos conversar civilizadamente...rs. Ou: amigo, acho que para conversarmos de igual para igual vou ligar o meu aparelho...rs. Parece piada, mas é a pura realidade.
Conflitos de sexo. Eternamente questionáveis e nunca terão uma resolução. Falamos A eles entendem X, mas, espero que a magia, a delícia – às vezes, do ser diferente, se transforme em coisas agradáveis, em prazer. Bom, pelo menos é o desejo....realmente desejo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009





07 de Abril – Dia do Jornalista

Pois é, eu vejo este dia como vejo o Dia das Mães, traduzindo – todos os dias. É, quem se mata atrás de notícia para você ler? Quem corre risco de vida, de morte e de várias outras coisas? Quem estuda tanto e na hora de escrever deve compilar tanto que o texto vira uma misero parágrafo? Quem tem a obrigação de traduzir um acontecimento onde envolvam sangue, tragédias, dores, bombas, enchentes, fogo, céu, terra e ar? Quem tem a necessidade da curiosidade eterna? Quem se mata por um furo? Quem passa horas para conseguir dois segundos de matéria?

Quem??? Jornalista.

Adaptando e meio que plagiando Vinícius de Moraes “me desculpe as ‘outras’ profissões, mas jornalismo é fundamental”. É, somos imprescindíveis, indivisíveis, inimaginados(essa é coisa minha...rs), insubstituíveis e outros tantos in.
Somos nós que vivenciamos todas as dores na primeira fila. Fazemos uso da palavra e da imagem para mostrar o que não se mostra ao mundo. Formamos opinião e se ela fugir do contexto exigido pelo “politicamente correto” eu digo: que pena! Nunca fui politicamente correta. Caso contrário teria escolhido outra profissão.
Amo minha escolha, adoro, eu sou completamente apaixonada pelo que faço. Poucos têm o privilégio de ser quem gostaria de ser, eu fui agraciada com esta dádiva. Faço o que amo, tenho a profissão que amo e pronto, não me lembro de querer ser outra coisa na vida.
Portanto, se isso te incomoda, oras....corra atrás do que quer e vá ser feliz.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Quanta irritação, meus Deus onde foi parar a minha paciência, aliás, quem é ela? Acredito que nunca a tive, o que me passa a cabeça é uma nuance pequena do conceito da palavra paciência, um cheiro, um sopro rápido, nada mais. Tudo sempre a mesma coisa.
Acorda, e a cama cham; levanta, e a cama chama; bebe algo, e a cama chama; joga para dentro do estomago qualquer coisa encontrada dentro da geladeira, e a cama chama; senta na frente do micro, e a cama chama; reponde e-mail, e a cama chama; resolve problemas, e a cama chama. Cansei. Tudo me irrita. Só minha cama me apetece.
Quero ficar na cama o dia todo. Lá eu não encontro problemas. Ela sempre me chama, mas a vida segue e não dá pra levar a dita na bolsa. Pelo menos na cama não passo raiva, nada me irrita deitada na minha cama. Lá existe um mundo paralelo, único, só meu. Único e exclusivamente meu.
Para não me chamarem de depressiva ou algo do tipo vou listar as coisinhas corriqueiras que me irritam:
- imposto de renda. Eu não tenho um salário alto e me tiram o pouco que tenho. Seu eu sonegar serei pega, mas os “grandes” de Brasília roubam, fazem toda e qualquer falcatrua e nada acontece com eles;
- cartão de crédito que você não pediu e o banco insiste em mandar. E pior muitas vezes eles cobram e quando ligamos no tal serviço de atendimento aquela voz irritante do atendente diz que “vai estar resolvendo” teu problema e NUNCA isso acontece;
- gente burra. Isso me cansa, me da uma preguiça! Alguns não sabem mesmo, têm dificuldades na assimilação, agora o irritante são aqueles que não têm vontade em aprender algo novo;
- pessoas grosseiras. Isso é imperdoável. Confesso que por vezes eu saco dessa arma e manda uma frase bem mal educada, mas o que me irrita é grosseria gratuita;
- gente mal educada. Isso nem vou explicar, me recuso. Educação vem de casa, infância e berço;
- gritos desnecessários. Como tem gente que não consegue falar sem alterar a voz, acham que dessa forma vão ganhar a batalha. Grito só faz com que o outro se afaste. Grito ou voz alterada perde-se a razão, ninguém em sã consciência ouve quem grita;
- egoísmo. O que mais tenho visto hoje em dia. Ok, pensar mais em mim é uma das minhas metas para 2009, mas não quero passar por cima do outro. Egoísmo é bem maior do que isso. Egoísmo é somente e tão somente pensar no próprio umbigo. E quem disse que vivemos em uma ilha deserta?;
- burocracia. Vou contar uma que me aconteceu semana passada. Fui levar um simples documento em um prédio com mais de 12 andares numa zona nobre de S.Paulo. Parei o carro no estacionamento do prédio, subi até a recepção e um segurança me entregou um papel e disse:
- Na saída pegue a assinatura do responsável que falou com a senhora.
Falei com cinco pessoas até chegar a secretária do cidadão, isso no 12 andar, o último. Ela, claro que avisou:
- Ele está em reunião, a senhora pode estar esperando uns minutos ele já te atende. E eu esperei. 1 hora, e ela com cara de nada; 2 horas e ela com a mesma cara; 2 horas e 15 me irritei, levantei e fui até a moçoila.
- Ele já desocupou? Não escondi minha irritação.
- Senhora, ele ainda se encontra em reunião.
Minha espera se resumiu em 3 horas e 12 minutos. Quando o cidadão abre a porta, ninguém além dele sai da sala e fala para a tal secretária. Visualizo dentro da sala e só vejo um monitor de computador com o jogo paciência ligado. Ai o tal que eu deveria entregar o documento solta:
- Vou tomar um café, anote os recados. Ahhh, isso me deixou possessa, parei na frente dele e atropelei, dizendo quem eu era e o que tinha para entregar. Quando ele ameaçou pedir para eu esperar já soltei nas mãos do dito o documento e sai dali, muito, mas muito irritada. Desaforo.
Desci e o mesmo segurança estava lá, feito um dois de paus, parado de braços cruzados. Olhou para mim e pediu o papel, devolvi, ele cobrou a assinatura do responsável. Eu tentei argumentar:
- Esperei 3 horas pelo indivíduo, estou com pressa, morrendo de fome, tenho mesmo que pegar a assinatura para poder sair?
- Sim senhora, sem assinatura ninguém sai do prédio. Me irritei, virei as costas e eu mesma soltei um rabisco rápido no tal papelzinho. Voltei ao segurança e contei:
- Oi, encontrei com ele aqui na entrada e ele assinou. O segurança me liberou. Mas, aquilo me incomodou e tasquei uma pergunta:
- O senhor conhece a assinatura deste responsável?
- Como vou conhecer são mais de 1200 pessoas neste prédio!!
- E o senhor controla o quê aqui? Questionei inconformada.
- Ué, a assinatura, se tem sai, se não tem, não sai. Afirmou com cara de sábio.
- Mas, me diga o que o senhor faz com esses papeizinhos? Neste momento eu já estava indignada com a situação.
- Eu já solicitei uma caixa e vamos fazer hora extra, queremos arquivar por mês, assim organiza a coisa, porque ninguém quer esse monte de papel.
Meu Deus dá-lhe burocracia.

sexta-feira, 3 de abril de 2009


Sem título, sem vontade, sem tesão, sem ânimo, sem, sem, sem. Eu sempre pensei que se eu repetisse a mesma palavra 3 vezes o mundo ia melhorar ou se transformar. Como era feito naquele filme dos anos 80 Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice). Personagens falavam três vezes Beetlejuice, Beetlejuice, Beetlejuice, e pronto, tudo se transforma.
É claro que no filme a coisa pegava e todos os fantasmas saiam gritando e atormentando tudo e todos, mas o processo poderia ser o mesmo ou parecido na vida real.
Eu gritaria e um mundinho melhor apareceria, mas...já gritei e...nada acontece. O que se faz quando o tédio assola a alma? A falta de vontade de fazer algo invade.
Ficar na cama é tão bom, gritando ou não ela me apetece e muito. Como eu sei que nada vai mudar relaxo e pronto.
Para piorar ligo a TV e vejo lá meu presidente na reunião do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), falando entre sorrisos: “Você não acha chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI?”
Ok é bem interessante para restabelecer o crédito e o comércio mundial. Mas, espere, em um país onde crianças morrem de diarréia, o cidadão maior se vangloria nessa frase?
Realmente minha cama me apetece e é melhor mesmo eu ficar deitada com a cabeça coberta, e com o controle da TV na mão, assim eu tenho o poder de desligar a dita quando ouvir esse tipo de frase.
Virar avestruz e cobrir minha cabeça com o edredom é mais saudável. Depois me chamam de depressiva, quem em sã consciência agüenta tanta desigualdade, tanta injustiça, tanta falta de competência? Vou voltar para minha cama, lá pelo menos eu relaxo... e, pronto TV desligada.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Quem quer ser um Milionário?


Com um orçamento de US$ 15 milhões, baixo perto das grandes produções hollywoodianas, a co-produção EUA/Inglaterra coloca no mercado cinematográfico o filme Quem quer ser um Milionário? Ele chega aos cinemas como uma grande surpresa ganhou 8 Oscars, nas categorias: melhor Filme, Diretor (dispensa comentários), Roteiro Adaptado (perfeito), Edição, Fotografia, Trilha Sonora (maravilhosa), Canção Original ("Jai Ho") e melhor Som.
A história conta sobre um jovem indiano, Jamal K. Malik (Dev Patel) que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing. Sua infância dolorida e muito difícil o faz fugir da miséria e da violência para conseguir chegar ao emprego atual. Em meio a dores e infelicidades Jamal tem suas experiências gravadas na memória. Ele se inscreve em um popular programa de TV Indiana "Quem Quer Ser um Milionário?", estilo Show do Milhão.
Com o título original Slumdog Millionaire traduzido para o português ao “pé da letra” - Favelado milionário, o diretor inglês Danny Boyle (maravilhoso), que tem em seu curriculum Cova Rasa e Trainspotting - Sem Limites, faz um passeio entre o passado, presente e futuro dos personagens, e revela que a Índia é muito parecida com o Brasil em vários aspectos. No desejo de viver bem mesmo na dificuldade, na alegria acima de tudo e na vontade de se tornar alguém digno.
O jovem Jamal, ao participar desse programa de TV é colocado a prova por todos, pois como pode um favelado ter tanta sabedoria a ponto de responder várias perguntas e no final ganhar milhões? Após ser preso é pressionado a explicar como sabe todas as respostas do programa. A resposta ficou clara após o término do filme, tudo é possível por amor. O amor puro e quase inocente de Jamal traduz que a vida pode ser bem mais suave quando tudo é feito com doçura, suavidade e, principalmente amor.

Curiosidades sobre o Filme: cerca de 20% dos diálogos do filme são em híndi; o ator que autografa a foto para Jamal quando criança é o verdadeiro Amitabh Bachchan, que apresentava a versão indiana do programa de TV Quem Quer Ser um Milionário?; a empresa Mercedes-Benz pediu que sua logomarca fosse retirada dos carros vistos nas cenas em favelas no filme, por acreditar que sua presença prejudicaria a imagem da empresa, e a cena em que Jamal criança na poça de fezes foi feita a partir de uma mistura de manteiga de amendoim com chocolate (melhor assim...rs).