quinta-feira, 21 de julho de 2011

Antes de ler o texto acesse e veja o vídeo no link - http://www.youtube.com/watch?v=yFkt0O7lceA

Segunda-feira volta às aulas, para alguns é claro. Fico imaginando o stress encravado no corpo e na alma daqueles que porventura fazem parte deste quadro infeliz. Me refiro aos professores. E quando digo infeliz me refiro ao sufoco que é ter esta profissão neste país.
A falta de capacitação viável para todos, os salários baixos (quando se recebe), a carga horário intensa e em muitos casos a falta de educação dos alunos.
Sempre ouço a frase: na minha época... Mas, realmente, quando criança eu tinha tamanho respeito para com meus mestres. Até hoje alguns ensinamentos passados por eles habitam meus pensamentos.
Me lembro do professor de música Seu Luis (é, tive isso na escola), mostrando partituras e explicando o significado do movimento Bossa Nova e sobre as letras de Pixinguinha. Tomei gosto pela música boa naquele momento.
A professora de história Ana Maria sentada de pernas cruzadas contando sobre o Brasil e seus feitos. Eu viajava junto nas suas frases. Me recordo de quando o diretor entrava na sala e todos levantavam em sinal de respeito, ficávamos em silêncio, pois sempre viria algum comunicado de nossa importância. Hoje ninguém mais sabe o que significa ou até mesmo o que faz um profissional nesta função.
Já na faculdade eu olhava para meus mestres com tanto carinho que queria absorver todas as palavras soltas para que ao entrar no mercado de trabalho eu fosse a melhor profissional contratada. Aula após aula eu desejava mais e mais conteúdo, mais e mais informação. Eu tinha necessidade de entender cada disciplina e o por quê que ela era colocada da maneira que era.
E, pasmem! Não fui a única a ser desse jeito na minha turma.
O que sinto do aluno universitário hoje é uma pressa constante que me desanima e ao mesmo tempo irrita. Pressa esta que o aluno ao ir buscar uma Hoje se percebe que os estudantes estão lá não pelo aprendizado, mas por outra coisa que nem eles sabem o que é.
A falta de respeito para com o professor que esta explicando o conteúdo da disciplina é imensa. Existe uma pitada de agressividade, um desprezo cravado no olhar para com o trabalho do professor, um senso de competição que alguns alunos cospem a cada pergunta elaborada por ele. Isso sem contar o fato de que alguns pensam que são profissionais com 90 anos no mercado – que dominam toda a matéria.
Tenho medo de como será o nosso futuro. São jogados no mercado de trabalho todo ano milhares de “espécimes” e o que é pior sem a menor noção da realidade.
Talvez seja a geração sem noção que eu li em um artigo enviado por uma amiga.
Ok, educação nunca foi prioridade neste país, isso é fato. E, como sempre, partindo dessa premissa, governo após governo os que foram entrando e os que foram saindo, também nunca se preocuparam com este ponto.
O que vai ser colocado no mercado de trabalho? Como será o amanhã (sem plagiar letra de música). “Deixemos o povo ignorante”. Povo ignorante vota errado. Povo ignorante pode ser manipulado. Povo ignorante só pensa no imediato. Povo ignorante age por emoção.
É “povo” aproveite enquanto tens a oportunidade de estudar, sugue todo e qualquer conteúdo dado por um professor. Aquele mesmo que professa, que declara algo, confessa publicamente toda sua sapiência, doa o conhecimento que não lhe é custeado como merecido.

Nenhum comentário: