quarta-feira, 21 de maio de 2008

Brincando de escrever e de viver, aliás, esses dois “conceitos” sempre se confundiram em minha vida. Eu parei e comecei a conhecer alguém que há décadas eu nem tinha a mínima noção de quem era – EU.
Me olhei e me cumprimentei - muito prazer. Fiquei surpresa em saber que em algum lugar ou momento eu havia me perdido. Ou como um grande amigo me disse ontem: Você sempre esteve aí, só que adormecida. Resolvi, então, que já é hora de tomar uma atitude, por menor que fosse. Tomei a decisão de me prometer.
Claro que as promessas devem ser possíveis de serem realizadas, caso contrário eu volto ao meu casulo habitual, e de nada valeria o esforço. Acho até que me devia isso – me prometer algo.
A minha primeira promessa é cuidar da minha alma, me dar atenção, carinho, me olhar mais, me sentir, me perceber e voltar à vida ou pelo menos resgatar a que eu tinha.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Fiquei tempos sem tomar atitude digo desde um simples sair da cama, ir para rua, olhar o sol, comer algo bom, sentir um sabor diferente, me deleitar com cheiros bons, tomar conta da minha própria vida, retomar meu coração e fazer dele o que eu bem entendo. Por tempos “morri” para uma vida que a própria me escancarava lá fora.
Fiquei recolhida em dores que pareciam eternas, sem limites, insuperadas. Hoje visualizo uma luz no fim do túnel. Mas, o importante é que nem me preocupo como vou chegar até esta luz. Tive sensações estranhas e desconhecidas que a princípio tive muito medo de expor. E pior, a mim mesma. Medi conseqüência que nem eram certas serem medidas no momento. Percebi uma mulher que por muito, mas muito tempo eu procurava. E eu não tinha noção de onde “ela” estava.
Começo a me olhar no espelho e tentar caminhar a passos lentos, sentindo que estou viva e que tenho outras oportunidades. Começo a perceber que “meter o pé na Jaca” algumas vezes pode e deve sim ser uma boa saída. Me dar uma chance, por mínima que seja, de ter poucos e intensos momentos felizes pode ser um bom recomeço à vida. Quem disse que existe ou não o merecimento. Começo a me olhar no espelho de outra forma, começo a vislumbrar um outro e bom começo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Dia do Silêncio

Hoje eu me calo. É dia do silêncio, então me calo.
Pelas minhas dores,
Pelos meus amores,
Pelos dissabores,
Pelos gritos recolhidos,
Pela violência explícita,
Pela falta,
Por ter que tentar sempre,
Por ter que pedir perdão,
Por me perder às vezes,
Por ter medo outras tantas,
Me calo por mim,
Me calo pelo outro,
Me calo por não ter sempre certeza,
Me calo por estar perdida,
Me calo por não saber,
Me calo por não conseguir,
Me calo por mim
Faço silêncio por mim.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

"AS POSSIBILIDADES PERDIDAS”
Martha Medeiros

Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: "Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive".
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.

Poema do autor mineiro que inspirou o plagiado o texto acima:

Canção (Emílio Moura)

Viver não dói.
O que dóié a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,quanto mais triste perdida.
Viver não dói.
O que dóié o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói.
O que dóié essa estranha lucidez,
misto de fome e de sedecom que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.

O texto-plagio em uma de suas versões:

Viver não dói
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessa
daem nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendoconfiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
O que eu tenho a dizer sobre estes textos? Adorei, vou decorar e fazer dos mesmos hinos de minha vida.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Coisas que a vida ensina

Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil.
Não torna ninguém fiel à você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por
Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo.
Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

Artur da Távola