A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira (02/12), a Proposta de Emenda à Constituição 33/2009, que restitui a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. O projeto segue para o plenário da Casa, onde será votado em dois turnos.
Durante a reunião, os senadores expuseram seus pontos de vista sobre a matéria. O presidente da comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), foi a principal voz contrária à aprovação. Em sua opinião, a decisão do Supremo Tribunal Federal foi acertada e qualquer tentativa de regulamentar a profissão seria novamente derrubada.
Entretanto, a PEC foi aprovada pela ampla maioria dos membros da comissão. Apenas Demóstenes e seu companheiro de partido Antônio Carlos Magalhães Júnior (BA) votaram contra a aprovação.
De acordo com o autor da PEC, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), a exigência do diploma garante a proteção dos jornalistas.
“Infelizmente, da forma como está hoje, um empresário de comunicação pode dizer o seguinte: ‘meu amigo, você está exigindo um salário muito alto. Então vou chamar o fulano, que tem o segundo grau, e vou pagar a metade do que você está ganhando’”, disse Valadares.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo, acompanhou a votação e ficou satisfeito com o resultado. “Não existe conflito entre diploma e o livre exercício de expressão. Agora temos um atestado do Senado”.
Apesar da aprovação, a mobilização continua e a entidade busca um consenso com as organizações patronais. De acordo com Murillo, a Fenaj, junto com a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), “pode buscar uma solução que contemple a regulamentação e garanta a liberdade de expressão”.
“Não estamos atrás de enfrentamento, só não vamos aceitar que a profissão seja desregulamentada”, afirmou.
Fonte: site Comunique-se
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
PEC do diploma é aprovada em comissão do Senado
Devaneios de... Lis-Escritora às quinta-feira, dezembro 03, 2009 1 escreva sobre...
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
GAFE olímpica
Americano sempre acha que são os “donos do mundo”. Seja qual for o assunto, eles sempre são melhores e, caso não consigam, dão um “jeitinho” de serem superiores.
O ator Robin Willians, que particularmente eu era fã, em entrevista ao Late Show apresentado por David Letterman, fez piada sobre o Brasil ter sido eleito para sediar as olimpíadas de 2016.
Assim que a entrevista começou o ator lamentou que a apresentadora Oprah e a primeira dama Michelle Obama não tenham ajudado na escolha de Chicago para a sede olímpica.
Nas palavras do ator o Brasil conseguiu porque mandou 50 strippers e meio quilo de pó. Segundo ele isso não foi uma competição justa.
O sujeito esquece que os EUA é o maior consumidor de drogas ilícitas do mundo e que o próprio Robin Willians já foi internado em clínicas especializadas pelo consumo de várias. Hipocrisia pura, despeito explícito.
É triste ouvir isso da boca de alguém que eu admirava como ator. Coloquei o verbo no passado, pois agora começarei a rever meus conceitos cinematográficos quando este aparecer o nome do cidadão.
Assista a matéria: http://gnt.globo.com/Materias/Robin-Williams-imita-Tom-Cruise-e-diverte-a-plateia-no-Letterman.html
Devaneios de... Lis-Escritora às terça-feira, dezembro 01, 2009 1 escreva sobre...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Apagão...
Era apresentação de TCC dos alunos, umas 22 horas e alguns minutos, tudo apagou. Alguns cogitaram serem “forças do além” ou energias negativas, vai saber. Melhor não facilitar e bater três vezes na madeira.
Cheguei em casa após cruzar São Paulo às escuras, venci caminhões e carros no vazio negro da cidade. O breu imposto pelo apagão me fez refletir sobre alguns “brancos ou negros” (sem racismos) que sinto às vezes sobre minha vida.
Melhor esquecer o quanto devo no cartão de crédito. Mais saudável deletar quantas dores emocionais tive neste ano. É razoável apagar tudo o que de triste vivenciei nos últimos meses da minha vida.
Mas, será impossível sumir e/ou desligar a falta de respeito das autoridades deste país para com nós cidadãos. Duvido que estas horas sem energia serão descontadas na minha conta de energia do mês.
O Lobão, ministro, uivou sobre o que poderia ter acontecido...”a falha foi decorrência de causas naturais”, sei, sei..., significa que as tais “causas naturais” podem “brincar” com minha rotina? Mas, por via das dúvidas vou incluir uma lanterna na minha cesta básica.
Devaneios de... Lis-Escritora às quarta-feira, novembro 11, 2009 0 escreva sobre...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Ahh meu São Judas, protetor das causas impossíveis dai-me tua proteção. Impossível ter paciência, impossível eu dormir direito, impossível eu resolver todos os meus problemas, impossível eu me organizar...impossível...impossível....impossível...
Só o senhor concebe a graça do algo impossível, então vou pedir que os políticos brasileiros sejam honestos; peço que São Paulo fique sem trânsito; que todas as prisões sejam implodidas, pois não tem quórum; que a corrupção seja banida; que os desejos mais simples de cada ser humano sejam atendidos; que as dívidas sejam perdoadas; que o sol nasça todos os dias; que todos os defeitos humanos sejam sanados...
Eu rogo, por favor, meu São Judas atenda meus pedidos...
Complicado né? Impossível MESMO, não é? Está vendo como é difícil? Dá muito trabalho, então, acho nem que o senhor pode resolver...rs
Devaneios de... Lis-Escritora às quinta-feira, outubro 29, 2009 0 escreva sobre...
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
O mês de outubro é Rosa
Outubro Rosa é um movimento, um esforço mundial para mobilizar a sociedade e principalmente a população feminina para o combate ao câncer de mama. Durante todo o mês de outubro, diversos eventos organizados pela Femama (http://www.femama.org.br) vão alertar sobre a importância da mamografia anual e do auto-exame no diagnóstico precoce, buscando conscientizar um número cada vez maior de pessoas sobre os alarmantes índices da doença.
O movimento Rosa nasceu a dez anos nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia/EUA. Desde então, vários outros lugares do mundo aderirão, que tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que vai afetar a vida de mais de 49 mil brasileiras até o fim de 2008.
O Outubro Rosa vem transformando os mais conhecidos pontos turísticos do mundo. Diversos países já se engajaram no Outubro Rosa, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Grécia, Itália, Israel e Austrália, entre outros. Durante um mês, palestras e eventos públicos, estandes instalados em lugares de grande circulação, peruas equipadas com material educativo e monumentos e prédios históricos iluminados de cor-de-rosa lembram as mulheres da luta global contra o câncer de mama.
Pela primeira vez, ações iguais às realizadas no restante do mundo acontecerão no Brasil em diferentes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. O Outubro Rosa também está colorindo as páginas da internet. É cada vez maior o número de blogs e sites que apóiam o movimento, vestem se de cor-de-rosa e disseminam informações sob
Para aderir ao movimento, basta promover ações que marquem outubro como o mês da luta contra o câncer de mama. Engaje-se, use a criatividade e participe. Envolva sua cidade, sua empresa, a família e os amigos. Qualquer ação é bem-vinda, mas deve estar sempre acompanhada da informação sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama.
Saiba como você pode fazer a diferença.
- Ilumine em tons cor-de-rosa prédios, praças, monumentos, lojas e escritórios;
- Pinte muros, calçadas, meio-fio, faixas de segurança;
- Coloque banners ou laços cor-de-rosa em fachadas, sacadas, janelas;
- Adapte seu site com a inserção de banner do Outubro Rosa ou do laço cor-de-rosa;
- Envolva funcionários e colaboradores, com palestras, distribuição de material informativo, e sugira a eles para que usem detalhes cor-de-rosa nas roupas.
- Organize oficinas e palestras sobre o auto cuidado com a saúde e sobre a saúde da mama para pais e familiares dos alunos;
- Realize uma oficina de pintura de muros e/ou painéis na cor rosa ou reproduzindo o laço cor-de-rosa (em versões dos estudantes) com os alunos;
- Sugira aos alunos trabalhos de pesquisa na internet sobre câncer de mama (e outros), cuidados com a saúde, Outubro Rosa, etc.;
- Sensibilize pais e mães de alunos, familiares e professores.
- Distribua rosas a suas funcionárias em um dia de outubro;
- Troque os copinhos de plástico branco por cor-de-rosa por um dia, uma semana ou durante todo o mês, e faça o mesmo com os guardanapos.
- Adapte seu site com a inserção de banner do Outubro Rosa ou do laço cor-de-rosa;
- Realize parcerias com as organizações e grupos de apoio à saúde da mama em ações de sensibilização pública;
- Envolva voluntários em ações de sensibilização da comunidade e, especialmente, das mulheres para a importância do auto cuidado e dos exames para detecção precoce do câncer de mama.
- Pendure panos, faixas ou um laço rosa em sua fachada, sacada, janelas;
- Prepare um jantar para seus amigos e coloque à mesa toalha e guardanapos cor-de-rosa;
- Enfeite seu carro com fitas cor-de-rosa na antena, no retrovisor ou no chaveiro;
- Vista-se de cor-de-rosa, crie um detalhe no seu figurino, um lenço, uma fita ou um cachecol amarrado à bolsa ou à mochila;
- Use e abuse do rosa no seu site, blog, Twitter, Orkut ou Facebook;
- Fale com outras pessoas sobre a importância do auto cuidado e da detecção precoce do câncer de mama;
- Se você tem tempo disponível, contribua, seja voluntária da causa ao lado de entidades e grupos de apoio à saúde da mama.
Fonte: http://www.mulherconsciente.com.br/
Devaneios de... Lis-Escritora às sexta-feira, outubro 02, 2009 0 escreva sobre...
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Transcrição do discurso de Severn Cullis-Suzuki
(Discurso feito em junho na ECO-92 reunião da ONU)
"Olá! Eu sou Severn Suzuki. Represento, aqui na ECO, a Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente. Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 e 13 anos, tentando fazer a nossa parte, contribuir. Vanessa Sultie, Morgan Geisler, Michelle Quigg e eu. Foi através de muito empenho e dedicação que conseguimos o dinheiro necessário para virmos de tão longe, para dizer a vocês, adultos, que têm que mudar o seu modo de agir.
Ao vir aqui, hoje, não preciso disfarçar meu objetivo: estou lutando pelo meu futuro. Não ter garantia quanto ao meu futuro não é o mesmo que perder uma eleição ou alguns pontos na bolsa de valores. Estou aqui para falar em nome das gerações que estão por vir. Estou aqui para defender as crianças que passam fome pelo mundo e cujos apelos não são ouvidos. Estou aqui para falar em nome das incontáveis espécies de animais que estão morrendo em todo o planeta, porque já não têm mais aonde ir. Não podemos mais permanecer ignorados!
Eu tenho medo de tomar sol, por causa dos buracos na camada de ozônio. Eu tenho medo de respirar este ar, porque não sei que substâncias químicas o estão contaminando. Eu costumava pescar em Vancouver, com meu pai, até que, recentemente, pescamos um peixe com câncer. E, agora, temos o conhecimento que animais e plantas estão sendo destruídos e extintos dia após dia.
Eu sempre sonhei em ver grandes manadas de animais selvagens, selvas e florestas tropicais repletas de pássaros e borboletas. E, hoje, eu me pergunto se meus filhos vão poder ver tudo isso. Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade?
Tudo isso acontece bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções; mas, quero que saibam que vocês também não as têm.
Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio. Vocês não sabem como salvar os peixes das águas poluídas. Vocês não podem ressuscitar os animais extintos. E vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram onde hoje há desertos. Se vocês não podem recuperar nada disso, por favor, parem de destruir!
Aqui, vocês são os representantes de seus governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos; mas, na verdade, vocês são mães e pais, irmãs e irmãos, tias e tios. E todos, também, são filhos.
Sou apenas uma criança, mas sei que todos nós pertencemos a uma sólida família de 5 bilhões de pessoas; e que, ao todo, somos 30 milhões de espécies compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo. Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade.
Sou apenas uma criança, mas sei que esses problemas atingem a todos nós e deveríamos agir como se fôssemos um único mundo rumo a um único objetivo. Estou com raiva, não estou cega e não tenho medo de dizer ao mundo como me sinto.
No meu país, geramos tanto desperdício! Compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora... E nós, países do Norte, não compartilhamos com os que precisam. Mesmo quando temos mais do que o suficiente, temos medo de perder nossas riquezas, medo de compartilhá-las. No Canadá, temos uma vida privilegiada, com fartura de alimentos, água e moradia. Temos relógios, bicicletas, computadores e aparelhos de TV.
Há dois dias, aqui no Brasil, ficamos chocados quando estivemos com crianças que moram nas ruas. Ouçam o que uma delas nos contou: "Eu gostaria de ser rica; e, se o fosse, daria a todas as crianças de rua alimentos, roupas, remédios, moradia, amor e carinho". Se uma criança de rua, que nada tem, ainda deseja compartilhar, por que nós, que tudo temos, somos ainda tão mesquinhos?
Não posso deixar de pensar que essas crianças têm a minha idade e que o lugar onde nascemos faz uma grande diferença. Eu poderia ser uma daquelas crianças que vivem nas favelas do Rio. Eu poderia ser uma criança faminta da Somália, ou uma vítima da guerra no Oriente Médio; ou, ainda, uma mendiga na Índia.
Sou apenas uma criança; mas, ainda assim, sei que se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso a Terra seria!
Na escola, desde o jardim da infância, vocês nos ensinaram a sermos bem-comportados. Vocês nos ensinaram a não brigar com as outras crianças, a resolver as coisas da melhor maneira, a respeitar os outros, a arrumar nossas bagunças, a não maltratar outras criaturas, a dividir e a não sermos mesquinhos. Então por que vocês fazem justamente o que nos ensinaram a não fazer?
Não esqueçam o motivo de estarem assistindo a estas conferências e para quem vocês estão fazendo isso. Vejam-nos como seus próprios filhos. Vocês estão decidindo em que tipo de mundo nós iremos crescer. Os pais devem ser capazes de confortar seus filhos dizendo-lhes: "Tudo vai ficar bem, estamos fazendo o melhor que podemos, não é o fim do mundo". Mas, não acredito que possam nos dizer isso. Nós estamos em suas listas de prioridades?
Meu pai sempre diz: "Você é aquilo que faz, não o que você diz". Bem... O que vocês fazem, nos faz chorar à noite.
Vocês, adultos, dizem que nos amam... Eu desafio vocês: por favor, façam com que suas ações reflitam as suas palavras.
Obrigada!"
Devaneios de... Lis-Escritora às sexta-feira, setembro 11, 2009 0 escreva sobre...
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
E aí São Paulo! Quem te ajuda?
08 de setembro, caus total no trânsito de São Paulo, 05. Tudo parado, nunca vi a av. Bandeirantes desse jeito, 06. Entrei em pânico, tenho que chegar ao meu trabalho, a gasolina está na reserva, como vou passar para o lado direito? 07. Piada, eu nem me mexo.
Desisto e desligo o carro. Vai que ele esquenta, para onde vou correr e pedir socorro? Aliás, nessas horas nem se eu ligar vou conseguir ajuda, o povo não anda. Ainda bem que tenho água, balas e o rádio como suprimentos.
08, eu desisto de tentar achar um buraco no meio do trânsito, 09. Desisto de tentar ficar calma. Os caminhões desligam. Os carros ao meu lado idem, e eu? Não vou conseguir desligar, 10.
Vejo logo a frente que existe um alagamento, 11, novidade. E eu ainda nem entrei na marginal Pinheiros, 12. Que desespero, meu chefe vai me matar, 13, eu vou me “matar”. Será que trouxe algo para ler?
Depois de um tempo minha água acaba, 18, as balas acabam, a rádio me irrita, eu me acabo. Desço do carro, ficar dentro está me irritando, 14. Vou tentar fazer amizade com meus “semelhantes”.
Sabe aquela sensação de: ”se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, era isso que passa pela minha cabeça, 15. Por que fui sair de casa?
Nada anda, nada se mexe, nenhum carro muda de pista ou engata a primeira marcha, 16. Comecei a conversar com os outros motoristas que padecem da mesma enfermidade que eu, 17. Todos inconformados.
O que acontece com São Paulo? 18. O que falta para que as autoridades e a população tomem consciência, sim porque a culpa é de ambos, 19.
Jogamos lixo em qualquer lugar e isso entope bueiros, 20, e, melhorar o transporte coletivo custa caro aos cofres públicos....ahhh...e também não dá voto, 21.
E aí, 22, São Paulo, eu sinto pena de você hoje, qualquer dia vai surtar, parar e pedir demissão dessa vida louca, 23. Pior que quem irá ficar sem “teto” somos nós.
O que eu estou contando? As 24, 25, 26, 27... vezes que o semáforo abre e fecha e eu continuo aqui, parada, rodeada que outras tantas pessoas na mesma situação. Alguém se habilita a nos ajudar?
Devaneios de... Lis-Escritora às quarta-feira, setembro 09, 2009 0 escreva sobre...
domingo, 23 de agosto de 2009
Paciência
O que se faz quando a paciência foi embora ou até mesmo quando nem ao certo se sabe o que se quer dela? Falo tanto nessa palavra que mesmo procurando no dicionário eu não consigo me ater ao significado dela. Para mim paciência significa outra coisa, tem outro conceito, é outra concepção.
Paciência para mim é algo que não sei lidar, não sei explicar, não sei entender e resumidamente não quero. Aliás, acho que realmente é isso – eu não desejo apreender o seu significado. Paciência tentou entrar na minha vida e eu não deixei, não abri minhas portas para ela.
Paciência chegou cheia de presentes na mão e joguei tudo no chão. Nada que venha dela me agrada. Nada ligado a ela me atrai, me deixa em paz, me satisfaz.
Paciência é uma daquelas tias velhas que só aparece na tua casa para te apertar as bochechas e te chamar de fofa. E parecer “fofa” é algo que eu realmente não desejo a essa altura da vida.
Paciência é um pneu furado em pleno centro de São Paulo as duas da manhã. Rua vazia eu sozinha e pior, não tenho ideia onde fica o estepe.
Paciência é uma cebola crua, sem gosto, e ainda, do nada, me faz chorar. Ela é um trem perdido em pleno Brás, um metrô às 18hs na estação Sé. Paciência é um sorvete salgado salpicado de coco. É um doce de feijão ou um tratamento de canal.
Paciência para mim é algo tão insólito, tão abstrato, tão “impalpável”, tão desagradável, tão sem sentido, tão amargo, tão injusto, tão dolorido e outros tantos “tãos” que em cansei só de abrir minha alma sobre essa tal de paciência
Devaneios de... Lis-Escritora às domingo, agosto 23, 2009 1 escreva sobre...
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Dia dos Pais
Sumiu o beijo de boa noite. Parou o café com leite dado na cama todos os dias. Não ouço mais ele me chamando de muñeca. Ninguém mais me busca na escola. Acabaram-se os jogos de futebol e os cuidados. A primeira visão masculina que se tem na vida, a primeira inspiração, o primeiro exemplo masculino, a primeira pessoa que se pensa quando a palavra segurança passa na mente. Meu porto seguro. O olhar de aconchego. Dez anos sem. Dez anos de falta.
Devaneios de... Lis-Escritora às segunda-feira, agosto 10, 2009 1 escreva sobre...
Texto na Revista do Jornal O Globo - Martha Medeiros - Jornalista e escritora
Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M...A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.
Devaneios de... Lis-Escritora às segunda-feira, agosto 10, 2009 1 escreva sobre...
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Falta do quê...
Sabe aquela falta que nada e nem ninguém sabe do que é? Pois é, existe. Uma falta danada de algo que não se sabe do que é.
Pior que isso dá uma angustia tão grande de vida, mas tão grande que vira banzo. Acho que terei que explicar o que é isso? Banzo, no dicionário popular é uma palavra que os escravos usavam quando sentiam saudade ou falta muito doida de seu lugar de origem. Seja esta origem qual fosse.
A falta é realmente isso, algo bem intenso. Uma falta daquilo que ainda não se teve. Falta de viver algo que ainda não se viveu. Falta do eu. Falta de se encontrar. Falta de sabe-se lá o quê. Falta é a ausência de algo, e quando não se sabe ao certo que “algo” é esse? Que ausência é essa?
Falta tem cara de algo triste, inverno sozinho, bolo sem açucar, chocolate branco, pão duro, cheiro de Lapidus, esfolado no joelho, catupiry e doce de coco. Falta tem aspecto de dor e de vazio. Falta me remete ao que é ruim.
A vida é sempre uma eterna busca, um eterno aprendizado, mas sem saber ao certo o que se buscar, o que se aprender, ai fica bem difícil. Como se vive dessa forma, de que jeito de administra uma vida tendo essa falta como espelho constante?
Devaneios de... Lis-Escritora às quarta-feira, agosto 05, 2009 1 escreva sobre...
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Viver...
Hoje me deparei com a frase: Para quê se vive? Parei e fiquei refletindo sobre ela. O pior é que me deu pânico ao não saber a resposta. A gente cresce, aprende um bando de coisas, às vezes usamos, outras vezes nem tanto, mas e depois? O que fazer?
Se viver precisa de uma razão? Me disseram uma vez que se você tem alguns prazeres a vida fica bem melhor. Que se fizermos o que nos proporciona prazer, a vida se torna bem mais fácil e tranqüila. Ai me veio terror e os vários questionamentos: e quem não faz o que gosta? E quem não sabe ao certo o que lhe dá prazer? E quem nem ao certo sabe o que é o viver?
Aterrorizante. Parei e pensei: prazer. Existem raras coisas que me dão prazer. Às vezes durante 24hs só me sopram 3 ou 5 minutinhos dele. Isso é triste? Ou exigente demais com a minha vida ou com o meu viver? De novo não sei as respostas.
Acho que para saber o para quê se viver é necessário eu repensar sobre como venho administrando a minha vida. Sou péssima em finanças, um desastre em economia e depressivamente “ilha” quando se trata de questionamentos humanos.
Fechei meus olhos para repensar sobre o viver e lá veio a música do Roberto Carlos (sem grandes apreços por ele ok), mas, o vizinho resolveu atacar de DJ e meus ouvidos não ficaram ilesos. A frase ressoou e cravou feito uma luva, se encaixou perfeitamente ao que sinto e sou.
“As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza(...)
Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum(...)
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim”.
Devaneios de... Lis-Escritora às segunda-feira, julho 13, 2009 0 escreva sobre...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Extra!! Extra!!
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É pensando exatamente dessa forma de acordei hoje. O Supremo Tribunal Federal revogou a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Esta decisão foi criticada pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa), mas elogiada pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) e pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), ou seja, nem os representantes da categoria se entendem.
O que me deixa triste é saber que um indivíduo qualquer irá tirar o doce da boca de um profissional que estudou durante 4 anos. Eu até concordo que a prática diária de um jornalista é o que realmente o faz, mas a partir do momento em que este entra em uma faculdade aprender, a desenvolver sua gana e as suas habilidades para exercer esta função.
Aprendi muito do que sei vivenciado na prática dos jornais e revistas por onde passei, mas em todo o momento que tomo minha carteira de jornalista nas mãos e/ou tenho que colocar em voga funções que me foram cabidas, me lembro das palavras dos professores, me orientando e direcionando a um mundo desconhecido.
A universidade de jornalismo me deu a base, me mostrou uma teoria que talvez eu demorasse anos para apreender. Psicologia, Sociologia, Ética, Direito e Legislação, Estatística, Técnicas de Redação, de Entrevistas, Fotojornalismo, Telejornalismo, Radiojornalismo, Assessoria de Imprensa...e outras tantas disciplinas que cursei durante 4 anos.
Onde se aprende essas disciplinas na prática? Em qual momento do dia a dia corrido de um jornalista é possível refletir com tempo sobre uma pauta? Pensar sobre o ser humano que vamos “invadir” com perguntas muitas vezes impertinentes? Em qual momento da prática temos o tempo da teoria? Talvez o Supremo Tribunal consiga responder as estas questões.
Popularizar o que não é popular. Jogar qualquer ‘gente’ na fogueira esperando que estes sejam ‘relatadores’ de fatos. Brincar com a notícia. Expor o que não se deve de forma ‘tabajara’, sem técnica, sem regras, sem teoria e sem história. A Universidade nos dá a precisa teoria, a necessária teoria. O que, após a fase Foca assimilamos e unimos à prática. As duas casadas fazem um competente jornalista.
Eu só tenho um mísero desabafo: Brasil!! Mostra a tua cara!!! Ouviram senhores do STF? Qual será o próximo passo? Retorno da Ditadura? Calar nossas bocas???
Devaneios de... Lis-Escritora às quinta-feira, junho 18, 2009 0 escreva sobre...
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Você realmente gosta daquele cara, mas não consegue saber se ele gosta de você? Você inventa desculpas, decide que ele está confuso, ou que talvez seu telefone esteja com problemas? Pare de se enganar mulher. Existe uma explicação muito mais simples: ele não está a fim de você.
Adaptado do livro Ele simplesmente não está a fim de você, de Greg Behredt e Liz Tuccillo, traz uma linha meio que de auto-ajuda feminina.
Não é raro que pessoas independentes, com uma carreira, paguem suas contas, ou seja, são minimamente inteligentes e cientes do que se passa à sua volta, busquem arrumar desculpas para simplesmente não ter um segundo encontro. Idas e vindas, desencontros, pseudo-amores, desencontros, dores de amores, se ele não liga; se ela não está dormindo com você, se ele não quer casar com você, se ele está dormindo com outra pessoa etc. Pessoas comuns passando por relacionamentos comuns que comumente nunca percebemos os detalhes de cada um deles.
Uma das personagens Gigi, romântica de carteirinha, sai com Conor, que simplesmente não liga no dia seguinte. Alguma mulher se identificou? Quando ela vai à casa do bonitão, conhece Alex, colega de quarto de Conor, e que tem uma visão muito clara sobre o mundo. Empenhando-se em mostrar a verdade para Gigi numa viagem ao complicado mundo da mente dos homens. Conor está namorando uma cantora chamada Anna, mas ela gosta mais de Ben, que é casado com Janine, que trabalha com Gigi, que se entrelaça com outras tantas histórias sobre relacionamentos. Juntando tudo surge uma gostosa comédia romântica. Confusa, como todo relacionamento, mas bem agradável de curtir.
O filme segue uma narrativa com um roteiro bem amarrado e de fácil acesso, o que garante boas risadas. Ele não está tão a fim de você consegue ir além do obvio romântico, do “foram felizes para sempre”, do convencional, do que sempre se espera de um relacionamento. A história mostra que pode se gostar, se amar de diferentes formas, de jeitos e maneiras, sem seguir regras e estereótipos e, plagiando o Rei, “se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi”.
Devaneios de... Lis-Escritora às segunda-feira, junho 01, 2009 1 escreva sobre...
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O vai ser de mim sem os acentos? Aprendi na escola, lá na década de 80(entreguei a idade) que os acentos eram primordiais para um português polido, correto. A língua perderá a magia. Para os nostálgicos de plantão como eu, haverá muito “sofrimento”, e nada será como antes.
Os acentos sempre foram utilizados para indicar, na escrita, a pronúncia correta de uma palavra. E agora toda a essência depositada no papel vai mudar. O bom e velho ditongo aberto em palavras paroxítonas foi embora - A Coreia apoia a ideia da assembleia. Cadê a graça da frase? Não tem ênfase, não tem vida, não tem...acento.
A autoafirmação das palavras corre na contraordem da infraestrutura academica que todos já estamos habituados. O hífen pegou as malas, não deixou bilhete e caiu no mundo, numa autoestrada, totalmente abandonado e semiembriagado pelas novas regras de ortografia brasileira.
Em uma conversa coloquial tudo continuará na mesma, ninguém vai dizer: a feiura daquela frase - sem acento, foi reescrita. Mas, tudo muda no texto escrito, a magia do acento vai se esvair, se apagar, vai para o mesmo lugar onde mandaram os acentos – para Terra do Nunca. E como tudo o que se vai um dia, o que fica será a saudade.
Um sofrimento maior para mim será a perda do trema. O que eu farei sem o trema? Aguentar as consequência, ficar tranquila ou ser eloquente, este será o meu fim? O fim da nostalgia. O trema sempre me remeteu ao passado, a um aperto no peito. O trema me remete a algo pueril do século 18 ou 19, aos poetas que morriam de amor, escrevendo versos dedicados a uma paixão platônica (esta continua com o acento?).
Nos livros didáticos as novas normas, só serão válidas em 2010 e obrigatórias a partir de 2012. Três anos para sucumbirmos à democracia. Três anos para corrermos e alteramos toda a forma de escrever que já havíamos adquirido. Três anos para perder o romantismo aprendido e apreendido na infância.
As mudanças foram ditadas, mas, e a tal democracia, onde fica? Esta que, aliás, também aprendi na escola, na mesma década de 80(entregando a idade de novo), que seria um regime de governo onde o poder de tomar decisões políticas importantes estaria nas mãos dos cidadãos (povo), direta ou indiretamente.
Então, não me lembro de ter votado ou ter expressado minha opinião sobre o assunto em pauta – o acento. Ninguém pediu minha “permissão”, nem fui consultada sobre o fato de ele ser mandado embora, demitido, sem direito a uma apelação ou qualquer outro abono. O que farei com a falta, o vazio que ficará, com a dor da perda, da partida?
Escrever em um texto que o pelo do gato me dá alergia ou que ela não para de sofrer por amor, ficará muito estranho. Como tudo o que é imposto ao ser humano, temos a capacidade de adaptação. Então, dizem que a tendência é “acostumar”, ou seja, habituar-se a fazer algo. Plagiando Clarice Lispector, “a gente se acostuma para poupar a vida, que aos poucos se gasta, e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma."
Devaneios de... Lis-Escritora às quinta-feira, maio 28, 2009 2 escreva sobre...
domingo, 24 de maio de 2009
As duas sensações sempre me fizeram pensar e refletir sobre a vida. Chego em casa e a primeira coisa que faço é ligar a TV ou o computador. Mesmo não assistindo ou acessando algo, lá ficam eles, ligados, parados e sozinhos. Eles me olham, meio que dizendo:
_ Vai, faz alguma coisa, se mexe, não fica ai com pena de você mesma, sozinha, apreciando teu vazio interior!!
Essa minha necessidade em ter barulho quando fico sozinha, em sentir dor no estômago quando bate um vazio inexplicável, uma sensação de que falta algo, de que tenho mil coisas a fazer, será que é alguma patologia? Vazio ou solidão, ninguém me diz o que é. Ou é algo totalmente natural?
Os dois se confundem, são duas sensações, dois sentimentos com limites tênues entre si. Vazio e silêncio. Muitas vezes me sinto sozinha estando perto de milhões de pessoas. Solidão sim, solitária não. É uma solidão d’alma, um vazio de alma, de espírito, um vazio sem vida, sem vontade, um silêncio interno, sem respostas.
Muitos não admitem sentir ou não se apropriam do vazio ou do silêncio, lutam contra e pronto. Eu degusto os dois, vivencio intensamente ambos, quem sabe assim eu aprendo mais sobre, e de quebra mais sobre mim.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
Mas, nada é desse jeito ou do jeito que EU quero que seja. Se fosse assim, a vida, a minha vida e de muitas pessoas estaria bem mais tranqüila, bem mais fácil. E quem disse que a vida é fácil?
Assisti pela enésima vez ao filme Alguém como você, uma comédia romântica água com açúcar, mas que toda vez me faz pensar. A personagem vive um dilema sobre relações homem e mulher. E, analisando o filme eu penso qual o por quê de sermos tão diferentes? Razão e sensibilidade; corpo e alma; olhos e ouvidos; céu e inferno...
Inferno? É isso ai, nunca nos entendemos, nunca conseguimos falar a mesma língua. Tenho a nítida impressão de que eles falam javaneses e nós zamundenses, traduzindo, nunca vamos nos entender. A linguagem dos homens é a língua visual, a nossa é a sentimental.
Eles vivem falando que somos difíceis de entender, nós por ouro lado reclamamos da mesma coisa. Será que um dia vão fabricar um dicionário capaz de traduzir o que falamos? Ou um simulador que poderemos pendurar no pescoço ao conversarmos com o sexo oposto.
Seria muito engraçada a situação: calma amor, eu vou ligar o botão, assim podemos conversar civilizadamente...rs. Ou: amigo, acho que para conversarmos de igual para igual vou ligar o meu aparelho...rs. Parece piada, mas é a pura realidade.
Conflitos de sexo. Eternamente questionáveis e nunca terão uma resolução. Falamos A eles entendem X, mas, espero que a magia, a delícia – às vezes, do ser diferente, se transforme em coisas agradáveis, em prazer. Bom, pelo menos é o desejo....realmente desejo.
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quinta-feira, 9 de abril de 2009
Pois é, eu vejo este dia como vejo o Dia das Mães, traduzindo – todos os dias. É, quem se mata atrás de notícia para você ler? Quem corre risco de vida, de morte e de várias outras coisas? Quem estuda tanto e na hora de escrever deve compilar tanto que o texto vira uma misero parágrafo? Quem tem a obrigação de traduzir um acontecimento onde envolvam sangue, tragédias, dores, bombas, enchentes, fogo, céu, terra e ar? Quem tem a necessidade da curiosidade eterna? Quem se mata por um furo? Quem passa horas para conseguir dois segundos de matéria?
Somos nós que vivenciamos todas as dores na primeira fila. Fazemos uso da palavra e da imagem para mostrar o que não se mostra ao mundo. Formamos opinião e se ela fugir do contexto exigido pelo “politicamente correto” eu digo: que pena! Nunca fui politicamente correta. Caso contrário teria escolhido outra profissão.
Amo minha escolha, adoro, eu sou completamente apaixonada pelo que faço. Poucos têm o privilégio de ser quem gostaria de ser, eu fui agraciada com esta dádiva. Faço o que amo, tenho a profissão que amo e pronto, não me lembro de querer ser outra coisa na vida.
Portanto, se isso te incomoda, oras....corra atrás do que quer e vá ser feliz.
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quarta-feira, 8 de abril de 2009
Quanta irritação, meus Deus onde foi parar a minha paciência, aliás, quem é ela? Acredito que nunca a tive, o que me passa a cabeça é uma nuance pequena do conceito da palavra paciência, um cheiro, um sopro rápido, nada mais. Tudo sempre a mesma coisa.
Acorda, e a cama cham; levanta, e a cama chama; bebe algo, e a cama chama; joga para dentro do estomago qualquer coisa encontrada dentro da geladeira, e a cama chama; senta na frente do micro, e a cama chama; reponde e-mail, e a cama chama; resolve problemas, e a cama chama. Cansei. Tudo me irrita. Só minha cama me apetece.
Quero ficar na cama o dia todo. Lá eu não encontro problemas. Ela sempre me chama, mas a vida segue e não dá pra levar a dita na bolsa. Pelo menos na cama não passo raiva, nada me irrita deitada na minha cama. Lá existe um mundo paralelo, único, só meu. Único e exclusivamente meu.
Para não me chamarem de depressiva ou algo do tipo vou listar as coisinhas corriqueiras que me irritam:
- imposto de renda. Eu não tenho um salário alto e me tiram o pouco que tenho. Seu eu sonegar serei pega, mas os “grandes” de Brasília roubam, fazem toda e qualquer falcatrua e nada acontece com eles;
- cartão de crédito que você não pediu e o banco insiste em mandar. E pior muitas vezes eles cobram e quando ligamos no tal serviço de atendimento aquela voz irritante do atendente diz que “vai estar resolvendo” teu problema e NUNCA isso acontece;
- gente burra. Isso me cansa, me da uma preguiça! Alguns não sabem mesmo, têm dificuldades na assimilação, agora o irritante são aqueles que não têm vontade em aprender algo novo;
- pessoas grosseiras. Isso é imperdoável. Confesso que por vezes eu saco dessa arma e manda uma frase bem mal educada, mas o que me irrita é grosseria gratuita;
- gente mal educada. Isso nem vou explicar, me recuso. Educação vem de casa, infância e berço;
- gritos desnecessários. Como tem gente que não consegue falar sem alterar a voz, acham que dessa forma vão ganhar a batalha. Grito só faz com que o outro se afaste. Grito ou voz alterada perde-se a razão, ninguém em sã consciência ouve quem grita;
- egoísmo. O que mais tenho visto hoje em dia. Ok, pensar mais em mim é uma das minhas metas para 2009, mas não quero passar por cima do outro. Egoísmo é bem maior do que isso. Egoísmo é somente e tão somente pensar no próprio umbigo. E quem disse que vivemos em uma ilha deserta?;
- burocracia. Vou contar uma que me aconteceu semana passada. Fui levar um simples documento em um prédio com mais de 12 andares numa zona nobre de S.Paulo. Parei o carro no estacionamento do prédio, subi até a recepção e um segurança me entregou um papel e disse:
- Na saída pegue a assinatura do responsável que falou com a senhora.
Falei com cinco pessoas até chegar a secretária do cidadão, isso no 12 andar, o último. Ela, claro que avisou:
- Ele está em reunião, a senhora pode estar esperando uns minutos ele já te atende. E eu esperei. 1 hora, e ela com cara de nada; 2 horas e ela com a mesma cara; 2 horas e 15 me irritei, levantei e fui até a moçoila.
- Ele já desocupou? Não escondi minha irritação.
- Senhora, ele ainda se encontra em reunião.
Minha espera se resumiu em 3 horas e 12 minutos. Quando o cidadão abre a porta, ninguém além dele sai da sala e fala para a tal secretária. Visualizo dentro da sala e só vejo um monitor de computador com o jogo paciência ligado. Ai o tal que eu deveria entregar o documento solta:
- Vou tomar um café, anote os recados. Ahhh, isso me deixou possessa, parei na frente dele e atropelei, dizendo quem eu era e o que tinha para entregar. Quando ele ameaçou pedir para eu esperar já soltei nas mãos do dito o documento e sai dali, muito, mas muito irritada. Desaforo.
Desci e o mesmo segurança estava lá, feito um dois de paus, parado de braços cruzados. Olhou para mim e pediu o papel, devolvi, ele cobrou a assinatura do responsável. Eu tentei argumentar:
- Esperei 3 horas pelo indivíduo, estou com pressa, morrendo de fome, tenho mesmo que pegar a assinatura para poder sair?
- Sim senhora, sem assinatura ninguém sai do prédio. Me irritei, virei as costas e eu mesma soltei um rabisco rápido no tal papelzinho. Voltei ao segurança e contei:
- Oi, encontrei com ele aqui na entrada e ele assinou. O segurança me liberou. Mas, aquilo me incomodou e tasquei uma pergunta:
- O senhor conhece a assinatura deste responsável?
- Como vou conhecer são mais de 1200 pessoas neste prédio!!
- E o senhor controla o quê aqui? Questionei inconformada.
- Ué, a assinatura, se tem sai, se não tem, não sai. Afirmou com cara de sábio.
- Mas, me diga o que o senhor faz com esses papeizinhos? Neste momento eu já estava indignada com a situação.
- Eu já solicitei uma caixa e vamos fazer hora extra, queremos arquivar por mês, assim organiza a coisa, porque ninguém quer esse monte de papel.
Meu Deus dá-lhe burocracia.
Devaneios de... Lis-Escritora às quarta-feira, abril 08, 2009 1 escreva sobre...
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Eu gritaria e um mundinho melhor apareceria, mas...já gritei e...nada acontece. O que se faz quando o tédio assola a alma? A falta de vontade de fazer algo invade.
Para piorar ligo a TV e vejo lá meu presidente na reunião do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), falando entre sorrisos: “Você não acha chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI?”
Realmente minha cama me apetece e é melhor mesmo eu ficar deitada com a cabeça coberta, e com o controle da TV na mão, assim eu tenho o poder de desligar a dita quando ouvir esse tipo de frase.
Devaneios de... Lis-Escritora às sexta-feira, abril 03, 2009 1 escreva sobre...
quarta-feira, 11 de março de 2009
Com um orçamento de US$ 15 milhões, baixo perto das grandes produções hollywoodianas, a co-produção EUA/Inglaterra coloca no mercado cinematográfico o filme Quem quer ser um Milionário? Ele chega aos cinemas como uma grande surpresa ganhou 8 Oscars, nas categorias: melhor Filme, Diretor (dispensa comentários), Roteiro Adaptado (perfeito), Edição, Fotografia, Trilha Sonora (maravilhosa), Canção Original ("Jai Ho") e melhor Som.
A história conta sobre um jovem indiano, Jamal K. Malik (Dev Patel) que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing. Sua infância dolorida e muito difícil o faz fugir da miséria e da violência para conseguir chegar ao emprego atual. Em meio a dores e infelicidades Jamal tem suas experiências gravadas na memória. Ele se inscreve em um popular programa de TV Indiana "Quem Quer Ser um Milionário?", estilo Show do Milhão.
Com o título original Slumdog Millionaire traduzido para o português ao “pé da letra” - Favelado milionário, o diretor inglês Danny Boyle (maravilhoso), que tem em seu curriculum Cova Rasa e Trainspotting - Sem Limites, faz um passeio entre o passado, presente e futuro dos personagens, e revela que a Índia é muito parecida com o Brasil em vários aspectos. No desejo de viver bem mesmo na dificuldade, na alegria acima de tudo e na vontade de se tornar alguém digno.
Devaneios de... Lis-Escritora às quarta-feira, março 11, 2009 1 escreva sobre...
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Alguns chamam de sorte outros daquela palavrinha...bate na madeira...fale baixo – “azar” (por via das duvidas colocarei entre parênteses). Uma superstição talvez, mas o que significa? A palavra superstição vem do latim superstitio, que significa "o excesso", ou também "o que resta e sobrevive de épocas passadas". Passando para a linguagem religiosa romana, o termo "superstitio" designa a observação de cultos arcaicos e populares, não condizentes com as normas da religião oficial.
O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o 12 é considerado um número de coisas completas como: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou os 12 signo do zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular. Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. Já o medo específico da sexta-feira 13 é chamado de paraskavedekatriaphobia ou parascavedecatriafobia, ou ainda frigatriscaidecafobia (nomes estranhos para uma data temida). A sexta-feira 13 diz que foi o dia em que Jesus foi crucificado. Na santa ceia também eram 13 pessoas sentadas à mesa.
A superstição da data segundo algumas pesquisa teve origem em uma sexta-feira 13 do mês de outubro de 1307, na Ordem dos Templários (organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de assegurar a segurança dos muitos cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista). Nessa época foi declarado ilegalmente pelo rei Filipe IV da França, que os membros da Ordem fossem presos, torturados e, mais tarde executados.
Alguns países lidam de formas diferentes com relação a esta data, no Brasil no dia 13 de dezembro de 1968, uma sexta-feira, foi decretado o AI-5, que entre outras coisas suspendeu o direito e as garantias políticas, instalando o estado de sitio no Brasil, dando poderes aos militares em fechar o Congresso. Na Índia o número 13 é muito apreciado religiosamente, os hindus apresentam 13 estátuas de Buda. Na China os templos são regidos pelo número 13.
Nos EUA o número é visto com bons olhos, pois 13 eram os Estados que constituíram a Federação norte-americana, além disso, a águia, símbolo americano tem 13 penas em cada asa. Na Austrália em uma sexta-feira 13 de 1939 ocorreu o pior incêndio de floresta na história do país, aproximadamente 20 mil quilômetros foi queimado e 71 pessoas morreram. Uma equipe uruguaia de rúgbi caiu de avião nos Andes em uma sexta-feira 13 de 1972, alguns conseguiram sobreviver comendo carne humana.
Existem várias outras histórias e crendices que povoam a data. Se eu quebrar um espelho terei 7 anos de azar, imagine se quebrar o mesmo na sexta-feira 13? Dobram-se os anos de azar. Se eu passar debaixo de uma escada, dizem que dá azar, imagine se for em uma sexta-feira 13? Cruzar com um gato preto nesta data então deve ser o fim do mundo. Seja verdade ou mentira, as crenças sobre a sexta-feira 13 sempre vão movimentar as cabeças mais criativas e medrosas do mundo. Por via das dúvidas vou bater 3 vezes na madeira, fazer o sinal da cruz e ir direto para a cama, amanhã será dia 14...rs.
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domingo, 25 de janeiro de 2009
Sempre de braços abertos recebe filhos adotivos a todo o momento, vindos pelo chão, terra e mar. Sempre cabe um debaixo das “asas” de uma boa e grande mãe. Dá colo, carinho e repreende quando necessário.
São Paulo, cidade linda. Mas, pergunte: quem vê beleza em pedra? E terá a resposta: a beleza está nos olhos de quem a vê. São Paulo tem uma beleza exótica que passeia por belas misturas. Espaço de sobra para acolher outras tantas que queiram chegar.
Dizem que São Paulo não tem uma história somente, digo que têm infinitas e que a cada momento uma nova surge.
Parece casa de avó onde vamos passear aos domingos, a mesma bagunça organizada, a mesma gritaria, a mesma comida farta, o mesmo cheiro de coisa conhecida; o mesmo abraço caloroso, a mesma vontade de explorar a “casa”, a mesma sensação de pertencimento, o mesmo amor soprado no ar.
Parabéns jovem senhora – 455 anos, bem vividos.
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Em terapia de grupo, enquanto ouve os relatos de todos e coleta informações do que pode ter acontecido Claire conhece e se sente atraída por Eric (Patrick Wilson - O Fantasma da Opera), o mais estranho e enigmático dos passageiros. Os dois se aproximam de uma forma tão intensa que essa relação vai além do campo profissional.
No decorrer da terapia Eric surpreende Claire com algumas visões e, os outros sobreviventes começam a desaparecer misteriosamente. Claire começa a investigar sobre e acredita que Eric tem as respostas para esses estranhos acontecimentos. A psiquiatra tentará o que for preciso para descobrir a verdade sobre o que aconteceu e poderá chegar a respostas surpreendentemente assustadoras.
O Filme não tem boa fotografia, nem grandes músicas que marcam e embala ritmo a fita, mas é um filme para se pensar. Em alguns momentos é preciso colocar crenças, valores e medos de lado. Sempre há alguém para ajudar a aceitar e a ensinar o caminho. É preciso ficar atento e olhar para o lado, sempre terá uma “alma” boa para estender a mão, a nos socorrer, isso quando menos esperamos.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enloqueceria se morressem todos os meus amigos."
(Vinícius de Moraes)
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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Dor de cabeça, dor nas costas, insônia, medos, inseguranças...tô viva...rs
Devaneios de... Lis-Escritora às quinta-feira, janeiro 08, 2009 0 escreva sobre...