São 18h16, sentada na frente do micro, enquanto o mundo bomba lá fora...Na minha lista de desejos eu peço um apartamento de frente à praia, um mega carro importado, um jatinho para pequenas viagens, um iate para relaxar nas Bahamas, e...piadinha...rs. Só desejo saúde e principalmente paz de espírito, algo que este ano foi quase que impossível. O resto se busca, se luta por, se entrega e conseqüentemente vem, aparece, desabrocha.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
São 18h16, sentada na frente do micro, enquanto o mundo bomba lá fora...Na minha lista de desejos eu peço um apartamento de frente à praia, um mega carro importado, um jatinho para pequenas viagens, um iate para relaxar nas Bahamas, e...piadinha...rs. Só desejo saúde e principalmente paz de espírito, algo que este ano foi quase que impossível. O resto se busca, se luta por, se entrega e conseqüentemente vem, aparece, desabrocha.
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domingo, 21 de dezembro de 2008
Que venha o próximo ano
Falar das dores que passei, senti ou vivi este ano não faz muito sentido. Dores todos nós temos. Umas inimagináveis, outras superadas. Algumas ficarão cravadas no coração eternamente e terei que aprender a viver com elas. Talvez um dia eu consiga colocá-las dentro de uma “caixinha”, fechá-las e jogar a chave fora.
Além dos meus amigos vivenciarem essas dores comigo, um outro “alguém” não saiu um só segundo do meu lado, nem por um minuto, nem para respirar, ou alçar um vôo solo, ou mesmo para procurar outra moradia, – a ESPERANÇA. Ela esteve presente o tempo todo e juro que por alguns segundos eu até gritava – vai embora! Mas, ela não foi, resolveu ficar, montou acampamento e, ainda bem, não foi embora.
Quem não a conhece eu apresento. Esperança é ter a arte de ser feliz sem a felicidade; é a arte da espera de algo que nem se sabe ao certo se vai ter ou não; não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade; é o ato de esperar, do Latim sperare; aguardar com desejo algo que vai se realizar. E por ai vai.
Você a conhece? Se não, está perdendo uma grande oportunidade em ser feliz. Ok, felicidade não é só uma mera esperança, mas pode-se começar por ela, ou não? Se você a perdeu, ache-a. Eu não abro mão dela.
Espero ter um próximo ano bem melhor, espero mais amigos leais, espero mais segurança em mim mesma, espero conseguir cumprir tudo o que a mim eu prometi, espero calma e paciência comigo, espero paz interior, e acima de tudo muito amor.
Que venha o próximo ano, pois a esperança ainda estará ao meu lado, e espero de coração que ao seu também.
Feliz Natal e um bom Ano Novo.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Dirigido pelo colombiano Gustavo Nieto Noa, o filme Entre Lençois traz um casal que se conhece em uma casa noturna carioca, e sem trocar uma só palavra e sem saber absolutamente nada um do outro vão para um motel. Lá percebem que além do sexo, eles percebem que existe uma sintonia muito maior entre eles.
Os personagens Paula (Paola Oliveira) e Roberto (Reinaldo Gianecchini) buscam um momento para fugir de suas rotinas. Ele passa por uma crise em seu casamento, foi à casa noturna tentar relaxar, pois acabara de terminar um casamento de 3 anos. Paula por sua vez vai à boate para uma “despedida de solteira”, pois está de casamento marcado para o dia seguinte.
No motel os dois em princípio só querem se satisfizer e pronto. Mas, como o quarto já está pago até o dia seguinte, eles se propõem uma brincadeira. Já que nunca mais irão se encontrar, e depois cada um seguirá normalmente com sua vida, os dois mergulhariam num bate-papo de total sinceridade, revelando segredos mais íntimos.
O filme é o primeiro dirigido por Gustavo Nieto Roa no Brasil e o 13º de sua carreira. O roteiro é assinado por René Belmonte, o mesmo de "Se Eu Fosse Você". Filmado quase que totalmente em um quarto de motel, as cenas de nudez ganham um toque delicado sem cair na vulgaridade. A química entre os dois traduziu muito bem o que se passa na cabeça da gente quando a pele, o cheiro e a vontade do querer mais falam mais alto.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Quem se apaixona por si proprio, nunca tem rivais.
(enviado por Priscila Fernanda)
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Liberdade, ainda que tardia....todavia LIBERDADE...
Sei também que só quem sofre sou eu, pois tomo para mim todo e qualquer erro, mas como disse uma grande amiga – o trabalho é deles e não seu, você só orienta. Então vamos, lá próximo semestre, próxima dor, próximo momento estressante ou quem sabe bem mais tranqüilo e calmo. Valeu crianças....
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Novas sombras me atormentam a alma, novos fantasmas se apoderam do meu coração...”. Li estas frases em algum lugar na net, não sei quem é o autor, mas sua sensibilidade me comoveu e chamou minha atenção.
Será que também sou a sombra do que um dia eu já fui?
Sou uma sombra, um reflexo, um desenho, um rascunho tatuado em minha alma. Sou escritos desconexos tentando tomar forma para definir o que realmente sinto. Sou um ser que não sabe lidar com dores. As da alma são infinitas, eternas, arraigadas e marcantes.
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
Terminei o jogo paciência no computador e fui até o fim, acabei. Cartas desabando no ar, se jogando para o nada. De certo modo um ciclo de minha vida também chegara ao fim. Eu cairia junto com as cartas do jogo.
Última noite no apartamento, último edredom, jogado no chão, seria minha cama naquele momento.
O tanto que já tinha sofrido e chorado até então, eu merecia algo bem mais do que um simples – teu futuro será especial. A noite demorou, a madrugada entrou, a luz do dia fez sua parte e eu continuava olhando para o teto do apartamento vazio. Vazia também eram minhas sensações naquele exato momento. Eu realmente nada sentia ali parada, estática, deitada sob o edredom, somente a luz entrava pela janela e eu olhava.
Olhei para o relógio do computador e aquela era a hora eu tinha que sair e ganhar outros ares, tomar meu rumo, mudar de mundo, de rotina. Mesmo sabendo – não sei lidar com mudança, tive que encarar e mais uma vez – tudo começar de novo.
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domingo, 17 de agosto de 2008
Mudança
Monta caixa, desocupa armário.
Levanta peso, doem as costas, fica roxo, tudo estressa.
Monta caixa, guarda lembranças,
Lacra tudo e junto leva poeira, sujeira e lembrança.
Monta caixa e dentro vai a vida.
Toma decisão, briga com pedreiro, recebe ameaça.
Monta caixa, lacra o antigo, parte para novo.
Desmonta os móveis, retira do antigo, vai ao novo.
Monta caixa, tira da estante todas as memórias.
Sofre, ainda não sabe lidar com a mudança.
Monta caixa, guarda objeto, embala e transporte.
Monta caixa, monta a vida, lacra as dores e tristezas, passa uma fita nos dissabores.
Coloca a vida em várias caixas ao lacrar cada uma lacra também o passado.
Se tudo vai mudar – não sei, mas os amigos esses sim serão eternos.
Colocados em caixas e lacrados com muito amor.
Devaneios de... Lis-Escritora às domingo, agosto 17, 2008 1 escreva sobre...
Quando era criança, o escritor David Gordon (John Cusack) sempre se sentiu excluído. O menino se achava diferente, cresceu sonhando com o dia em que os ETs viriam buscá-lo e levá-lo para casa, no espaço sideral. Os aliens nunca vieram. Mas sua imaginação o transformou em um escritor de sucesso. Desde a trágica morte de sua noiva há dois anos, ele nunca mais experimentou qualquer traço de vida afetiva.
David continua se sentindo um solitário até que finalmente resolve tentar - e acaba adotando o brilhante e problemático Dennis. Assim como David, Dennis vive trancafiado em seu próprio mundo de fantasia. Quando era criança, David queria ser um alien. No caso de Dennis, ele acredita de verdade que é um marciano em missão de exploração na Terra. E talvez ele seja de verdade... Um filme divertido e emocionante sobre o poder de redenção do amor e sobre o verdadeiro significado da palavra "família".
O filme fala de algo mais além do que uma simples família, ele expõe as dores e conseqüência da rejeição, seja esta qual for. De quem é a responsabilidade do amor? De quem é a obrigação de dar e receber? Se doar a alguém complexo e intenso. Se entregar exige talento e dedicação. A paciência no aprendizado de conhecer o outro é eterno e constante. Não somos donos ou proprietários de ninguém, mas temos muita e total responsabilidade por nossos atos. Somos responsáveis sim em tentar nunca machucar alguém. Ou se for inevitável minimizar ao máximo a dor. Isso deveria vir junto do manual do amor.
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terça-feira, 15 de julho de 2008
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segunda-feira, 14 de julho de 2008
Descobri isso já tem um tempo, mas nesse meu momento tenho sentido que sem ela – a amizade, eu não sou capaz de ir em frente, de mudar, de conseguir o que desejo, de superar meus limites, de entrar na vida novamente, de caminhar para frente, de viver novas sensações.
É com um amigo que a gente percebe que existe vida após uma grande dor. É com ele que se nota que as cores da vida são mais brilhantes. É o amigo que mostra em quê erramos. Algumas vezes é ele quem te mostra que estas cores são somente uma simples maneira de olhar o mundo. Vasculhando os grandes sábios descobri que a palavra amigo vem lá do Latim – amicus que se derivou de amore; amar; ainda que alguns falem também que a palavra provém do grego, vai saber. Num sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruímso.
Às vezes a gente nem conhece direito, mas quer o bem do outro, e quer cuidar, e quer o melhor para este outro, e quer o outro feliz, e quer, e quer..., mas o querer bem fica, então, vai saber o que é que realmente o real significado da palavra amigo.
Bonito de se ler, mas na prática senti nesses últimos dias que é muito maior que isso, é mais puro, mais profundo, mais cheio de entrega e sem ao menos cobrar nada. Só pelo simples fato de se dar, de se fazer bem, de se bem querer.
Agradeço a Deus por ter poucos, mais infinitos e intensos amigos leais. (beijos Van)
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quarta-feira, 2 de julho de 2008
Ser Canceriano
É assim, vou te contar ta bem? É ter vontade de chorar o tempo todo e a todo tempo, vendo TV, ouvindo rádio, até em comercial de OMO – o tal branco radiante. Mas, branco mesmo nos dá quando alguém nos machuca, as palavras somem, a sensibilidade grita, a magoa entra, a ação trava, tudo fica embargado e é assim que um canceriano age – ele se machuca com facilidade.
Então tome muito cuidado comigo ou com qualquer outro canceriano, somos Ladys e Lords, sensíveis, mas confesso que até o lado B. Pois se alguém mexer no que é nosso viramos um leão ou Leoa, fazemos qualquer coisa para defender nossa “cria”, o que é nosso. Possessão total...rs
CÂNCER, venha cá...
"A ti Câncer, atribuo a tarefa de ensinar aos homens a emoção. Minha Idéia é que provoques neles risos e lágrimas, de modo que tudo o que eles vejam e sintam desenvolva uma plenitude desde dentro. Para isso, Eu te dou o Dom da Família, para que tua plenitude possa se multiplicar."E Câncer voltou ao seu lugar.
Principal Característica: sentimento
Qualidade: empatia, sensibilidade
Defeito: possessividade, apego ao passado, flutuabilidade.
Mitologia do Zodíaco - Câncer
O signo de Câncer é representado pela figura do caranguejo e a maioria desconhece a sua relação mitológica. Mas a história tem relação com Hércules, famoso pelos doze trabalhos.
Segundo a mitologia, Hércules seria filho de Zeus e Alcmena. Hera, enciumada, tentou impedir seu nascimento, mas graças a uma estratégia de Galintia(1), a criança nasceu, depois de Euristeu, ficando a ele submetido.
Aos oito anos, já demonstrando uma prodigiosa força, esmagou duas serpentes, enviadas por Hera para eliminá-lo. Aos dezoito anos, foi enfrentar o leão da Neméia: e aqui nossa história começa.
A Neméia era uma região da Argólida, onde Hércules cumpre um de seus trabalhos – justamente o de matar o leão que devorava os habitantes e os rebanhos do país. O animal, filho de Ortro e Equidna, era invulnerável e ainda habitava uma caverna com duas saídas.
O herói tentou flechá-lo, sem sucesso. Então, o herói fechou uma das aberturas da caverna e, ameaçando o animal, conseguiu encurralá-lo. A seguir, agarrou e estrangulou-o. Utilizou, então, as próprias garras da fera para esfolá-lo e vestiu a sua pele; ainda aproveitou-se da cabeça para fazer um capacete.
Depois de matar o leão de Neméia, o herói teria de exterminar a Hidra de Lerna, uma serpente de nove cabeças, que aterrorizava a região de Argos (também a Argólida). Filha de Tifão e Equidna, a hidra possuía um hálito venenoso, que matava todos aqueles que dela se aproximassem. As cabeças, humanas, tinham a capacidade de renascer, se cortadas. Além disso, a cabeça do centro era imortal.
Para matar o monstro, Hércules foi em direção ao pântano de Amione, onde o monstro habitava, em companhia do seu sobrinho Iolaus, pedindo-lhe que ateasse fogo na floresta vizinha. Com flechas em chamas, ele começou a cortar as cabeças: a cada uma que era cortada, queimava as feridas com as árvores em chamas, impedindo os tecidos de se reconstituírem.
A fim de acabar com a cabeça imortal, Hércules cortou-a e enterrou-a sob um enorme rochedo. Com o sangue da hidra, Hércules envenenou suas flechas, tornando-as infalivelmente mortíferas. Ao ver que Hércules estava ganhando a batalha contra a hidra, Hera, a ciumenta esposa de Zeus, envia um caranguejo para distrair a atenção do herói e, se possível, prejudicá-lo na luta, mordendo seu pé.
Hércules, sem hesitar, pisou e esmigalhou o caranguejo em mil partes. Terminada a batalha, Juno recolheu as migalhas do caranguejo e reuniu-as na constelação de Câncer, que simboliza a defesa da família.
(1) - Por ordem de Hera, Ilítia e as Parcas postaram-se à porta de Alcmena, com pernas e braços cruzados, impedindo o nasmento do herói. Galintia correu até as deusas, anunciando que, apesar de seus artifícios, a criança havia nascido graças a Zeus. Acreditando que seus poderes haviam fracassado, as divindades abandonaram a posição e Alcmena pôde dar à luz. Como vingança, Galintia foi transformada em doninha e obrigada a dar à luz pela boca. Como reconhecimento, Hércules ergueu-lhe um templo.
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quarta-feira, 11 de junho de 2008
Acho que entrei no meu inferno astral, mesmo não acreditando muito nisso, penso que sim.
Eu queria que o mundo fosse um trem. Um grande, moderno e rápido trem. Eu dentro, sentada ao lado da janela, abro-a e meus cabelos voam ao som do vento. Só observo a paisagem, as montanhas, os lagos de cores límpidas, algumas flores invadem a janela e resvalam em meu rosto. O cheiro de terra entra pelas minhas narinas e ardem de tão puro.
Seria um bom começo de texto se eu realmente me sentisse assim – legal. Mas, não ando tão impaciente, tão irritada, tão cansada de tudo e de todos que quero férias. Inclusive de mim mesma.
O que mais desejo neste momento é me desligar, me tirar da tomada, tirar minha bateria, afogar meu celular, deletar tudo de ruim que passei estes últimos tempos e tentar na medida do possível começar tudo de novo, pior que pela enésima vez na vida.
Tudo isso cansa sabia? Esgota. E pior, a vontade de continuar estagna, amortece e a única vontade e de fica na cama, ou melhor, embaixo dela.
Só que o mundo gira, roda, e é mutável. E eu? Não sou, sou humana, muitas vezes com U. Estou cansada, muito e meio sem rumo, perdidinha, sem saber qual lado ir. Sem saber para onde ir.
Portanto, para o trem que deve ser a minha hora de descer. Vou deixar ele partir e quem sabe pegar o próximo, ou o outro, ou o outro, ou quem sabe o do próximo mês, ou ano. Só vou deixá-lo partir. Não dá para controlar tudo e marcar hora que o que eu desejo.
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quarta-feira, 21 de maio de 2008
Brincando de escrever e de viver, aliás, esses dois “conceitos” sempre se confundiram em minha vida. Eu parei e comecei a conhecer alguém que há décadas eu nem tinha a mínima noção de quem era – EU.
Me olhei e me cumprimentei - muito prazer. Fiquei surpresa em saber que em algum lugar ou momento eu havia me perdido. Ou como um grande amigo me disse ontem: Você sempre esteve aí, só que adormecida. Resolvi, então, que já é hora de tomar uma atitude, por menor que fosse. Tomei a decisão de me prometer.
Claro que as promessas devem ser possíveis de serem realizadas, caso contrário eu volto ao meu casulo habitual, e de nada valeria o esforço. Acho até que me devia isso – me prometer algo.
A minha primeira promessa é cuidar da minha alma, me dar atenção, carinho, me olhar mais, me sentir, me perceber e voltar à vida ou pelo menos resgatar a que eu tinha.
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segunda-feira, 12 de maio de 2008
Fiquei tempos sem tomar atitude digo desde um simples sair da cama, ir para rua, olhar o sol, comer algo bom, sentir um sabor diferente, me deleitar com cheiros bons, tomar conta da minha própria vida, retomar meu coração e fazer dele o que eu bem entendo. Por tempos “morri” para uma vida que a própria me escancarava lá fora.
Fiquei recolhida em dores que pareciam eternas, sem limites, insuperadas. Hoje visualizo uma luz no fim do túnel. Mas, o importante é que nem me preocupo como vou chegar até esta luz. Tive sensações estranhas e desconhecidas que a princípio tive muito medo de expor. E pior, a mim mesma. Medi conseqüência que nem eram certas serem medidas no momento. Percebi uma mulher que por muito, mas muito tempo eu procurava. E eu não tinha noção de onde “ela” estava.
Começo a me olhar no espelho e tentar caminhar a passos lentos, sentindo que estou viva e que tenho outras oportunidades. Começo a perceber que “meter o pé na Jaca” algumas vezes pode e deve sim ser uma boa saída. Me dar uma chance, por mínima que seja, de ter poucos e intensos momentos felizes pode ser um bom recomeço à vida. Quem disse que existe ou não o merecimento. Começo a me olhar no espelho de outra forma, começo a vislumbrar um outro e bom começo.
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quarta-feira, 7 de maio de 2008
Dia do Silêncio
Hoje eu me calo. É dia do silêncio, então me calo.
Pelas minhas dores,
Pelos meus amores,
Pelos dissabores,
Pelos gritos recolhidos,
Pela violência explícita,
Pela falta,
Por ter que tentar sempre,
Por ter que pedir perdão,
Por me perder às vezes,
Por ter medo outras tantas,
Me calo por mim,
Me calo pelo outro,
Me calo por não ter sempre certeza,
Me calo por estar perdida,
Me calo por não saber,
Me calo por não conseguir,
Me calo por mim
Faço silêncio por mim.
Devaneios de... Lis-Escritora às quarta-feira, maio 07, 2008 0 escreva sobre...
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Martha Medeiros
Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: "Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive".
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.
Canção (Emílio Moura)
Viver não dói.
O que dóié a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,quanto mais triste perdida.
Viver não dói.
O que dóié o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói.
O que dóié essa estranha lucidez,
misto de fome e de sedecom que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
O texto-plagio em uma de suas versões:
Viver não dói
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessa
daem nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendoconfiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
Devaneios de... Lis-Escritora às segunda-feira, maio 05, 2008 0 escreva sobre...
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Coisas que a vida ensina
Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil.
Não torna ninguém fiel à você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por
Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo.
Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola
Devaneios de... Lis-Escritora às sexta-feira, maio 02, 2008 0 escreva sobre...
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Um “presente” ao Brasil
No dia do descobrimento do país, o presente de aniversário foi um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter. O epicentro foi no mar, a 270 km a sudeste de São Paulo, perto de São Vicente. Eu, em sala de aula, tentando orientar TCC, me senti com labirintite, ou em uma vasta ignorância achei que era um caminhão pesado, passando rente a faculdade...tolinha eu. O que houve foi “alguém” lá de cima com grande raiva de muita coisa aqui de baixo, colocando-a para fora.
Juro, eu não sou tão religiosa assim, nem tenho grandes e fortes crenças, mas confesso que adoraria que houvesse uma nova Arca de Noé. Assim, este país seria varrido e limpo. Seres animais e humanos fariam grandes filas para adentrar nessa Arca de Noé 2 – a Revanche.
Como as inscrições gratuitas, seria preciso distribuir senha adiantada já que não existiriam vagas para todos – chegou primeiro leva o menor número. E como nesse país tudo é feito na base da promoção e da fila(que diga o Abadia), não afetaria em nada a vida do brasileiro.
Cambistas fariam plantão no portão principal da Arca, tentando arrecadar uma grana a mais para a futura viagem. O mosquito Aedes aegypti não entraria nem sozinho, nem com a esposa. Político corrupto é uma espécie que por precaução não seria autorizada chegar perto da Arca, caso contrário poderia tentar negociar sua entrada com uma bela propina.
Ambulantes com caixas pesadas sobre as cabeças, venderiam refrigerantes e salgadinhos para saciar a sede e a fome dos possíveis “turistas”. A polícia chegaria horas depois, após uma possível tentativa de invasão. Gás de pimenta e balas de borracha lançadas na população. A quebradeira era geral, pedras, correria, traficantes descendo dos morros, gritos, tiros, a população querendo entrar na Arca a qualquer custo, o Brasil prestes a acabar, e a Arca ainda vazia.
Sem horário de partida, sem organização de entrada, sem saber quantos caberiam na Arca, sem responsáveis pela organização da mesma, sem cobrança de taxa e impostos de entrada, sem um porta-voz, sem explicações, sem segurança - a Arca, tão grande e ainda tão vazia.
E eu? Depois desse devaneio? Vou ficar por aqui mesmo - no Brasil, afinal de contas à confusão daqui do Brasil eu já estou familiarizada.
Devaneios de... Lis-Escritora às quarta-feira, abril 23, 2008 2 escreva sobre...
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Saudades
Saudade é solidão acompanhada,
É quando o amor ainda não foi embora,
Mas o amado já...
Saudade é amar um passado
Que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
O que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
É a dor dos que ficaram para trás,
É o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
Aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
Não ter por quem sentir saudades,
Passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Texto de Pablo Neruda
Devaneios de... Lis-Escritora às segunda-feira, abril 21, 2008 0 escreva sobre...
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Quando é que a gente sabe que tudo é demais? Amor demais? Tristeza de mais? Dores demais? Falar demais? Quando é que se tem este time. Sinto que parei no tempo, parei em algo que não sei o que foi. Parei e não sei onde esqueci meu caminho. Me perdi totalmente. Sinto que tudo o que fiz foi demais. E talvez este demais tenha acabado com tudo o que sonhei e que queria que fosse eterno.
Devaneios de... Lis-Escritora às sexta-feira, abril 18, 2008 1 escreva sobre...
domingo, 9 de março de 2008
"Segue teu destino,
Rega tuas plantas
Ama tuas rosas
O resto é sombra de árvores alheias"
(Fernando Pessoa)
Ahh!!! Pessoa se tu soubesses que nem sempre é assim. O destino nem sempre é da forma com eu queria que fosse. Ele não me pertence mais. Ele simplesmente me fugiu das mãos. Eu reguei minhas plantas e amei minhas rosas, mas mesmo assim tudo foi em vão, nada aconteceu, tudo mudou e de um jeito que não pude evitar. E essa tal sombra que tu falas Pessoa? Quem é, pois as minhas sombras são somente minhas e de mais ninguém. As sombras de árvores alheias eu não consigo neste momento vislumbrar, pois a dor, a minha dor nada pode aplacar.
Devaneios de... Lis-Escritora às domingo, março 09, 2008 0 escreva sobre...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Cai a hegemonia americana, pelo menos no que diz respeito aos ganhadores do Oscar de ator coadjuvante para o espanhol Javier Barden ganhou pelo filme “Onde os fracos não têm vez”; e o de melhor atriz para a francesa Marion Cotillard pelo filme “Piaf – Um hino ao amor”.
Como se não bastasse esses dois prêmios os atores de nacionalidade inglesa ganharam o Oscar de melhor ator e atriz coadjuvante respectivamente - Daniel Day Lewis e Tilda Swinton.
Hollywood deve estar de mordendo de raiva, pois o império de atores e atrizes tipicamente americanos caiu por terra. Ainda bem, assim fica provado que talento, perseverança e sucesso podem ser encontrados em vários cantos do mundo.
Devaneios de... Lis-Escritora às segunda-feira, fevereiro 25, 2008 1 escreva sobre...
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Frases que estão na minha cabeça há um mês:
"O VERDADEIRO LUGAR DE NASCIMENTO É AQUELE EM QUE LANÇAMOS PELA PRIMEIRA VEZ UM OLHAR".
"A dor é pagamento que não dá pra deixar de pagar nem parcelar. É pagamento imediato, débito automático".
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Livro - Casório ?!, de Marian Keyes
Li em 5 dias. Aliás, ele foi devorado. A escritora irlandesa Marian Keyes consegue descrever as “dores” femininas como ninguém. Dez anos atrás, Marian Keyes estava no fundo do poço. Infeliz em sua profissão de advogada e malsucedida no amor, ela afogava as mágoas na bebida. Em depressão, tentou o suicídio ingerindo uma dose cavalar de calmante. "Foi um período tenebroso. Mas aquele sofrimento teve alguma utilidade, pois se revelou uma inspiração preciosa", declarou ela anos mais tarde. E bota inspiração nisso.
Com uma grande pitada de bom humor e outra grande inteligência Casório?! é um livro para lá de interessante. Após ir a uma cartomante com 3 amigas colegas de escritório, a protagonista Lucy Sullivan recebe a previsão de que se casará em menos de um ano e meio. O problema é que Lucy sequer é comprometida e, para piorar, nunca acreditou em "visões do futuro". Ao contrário, sempre achou hilário o momento em que videntes dizem que "o homem de seus sonhos está prestes a aparecer".
A ficha cai quando as previsões para suas amigas, que se consultaram no mesmo dia, começam a acontecer. Lucy se envolve com homens disponíveis, mas nada confiáveis. Embora seja previsível com quem ficará Lucy, a narrativa sobre as desventuras amorosas dela é colocada de forma divertida e original, superando as expectativas do quarto lançamento. De certa forma, Casório?! É a história de muitas mulheres. A história não fica somente neste engodo “casamentístico”, a escritora se arrisca a discutir sobre o alcoolismo, sua dependência, as conseqüências e as culpas que esta doença pode proporcionar a quem vivenciou de perto o drama.
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DOR
Quem é essa que entra sem bater a porta?
Que chega rouba meu sentimento faz plantão e se aloja em meu coração?
Que dor é essa?
Quem é ela?
O que ela deseja de mim?
Algo que já tirou?
Minha fome de viver?
Meu desejo de ser feliz?
Quem é essa?
Dor infinita, dura, pesada, incrustada na minha alma e sem período de vencimento.
Dor, purificada pelo meu choro, minha angústia, meus dissabores.
Dor aguda, arraigada pelos pregos colocados em meu coração.
Dor, Dor, Dor
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Filme - O Amor nos Tempos do Cólera (Love in the Time of Cholera)
O livro O amor nos tempos de cólera foi publicado em 1985, pelo escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez. É uma crônica sobre a espera de um amor, de um desejo contido que só aumenta com o passar dos anos. O produtor americano Scott Steindorff levou 3 anos até convencer o escritor Gabriel Garcia Márquez a vender os direitos do livro para uma adaptação ao cinema.
A história se passa em Cartagena de las Indias, na Colômbia, pátria do escritor. García Márquez, afirmou no passado ter escrito o livro inspirado na história de amor vivida por seus pais. História esta de um amor paciente, infinito (que durou exatamente 53 anos, sete meses e 11 dias) e terminou de forma infeliz.
Florentino Ariza (Javier Bardem), poeta, ainda jovem se apaixona perdidamente por Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno). Entretanto, como Florentino é um simples funcionário de uma agência de Correios, não é visto como um bom partido por Lorenzo Daza (John Leguizamo), pai de Fermina. Florentino pede Fermina em casamento, ela aceita. Ao saber disto Lorenzo a envia para a fazenda de sua prima Hildebranda Sanchez (Catalina Sandino Moreno), onde permanece alguns anos. Florentino aguarda o retorno de sua amada, mas quando a reencontra, ela diz que nada quer com ele.
Fermina nesse momento passa a ser cortejada por Juvenal Urbino (Benjamin Bratt), um médico que luta para evitar a disseminação da cólera. De início ela não se interessa, mas posteriormente eles se casam e constituem família. Os anos passam assim como inúmeras mulheres na vida de Florentino. Este decide buscar a riqueza para “suprir” sua dor, e se torna proprietário da Companhia Fluvial do Caribe.
O filme fala o tempo todo sobre cólera a física e da alma. Era a doença do começo do século, matava, deixava seqüelas, era contagiosa. Mas, e a cólera da alma? Um homem pode amar tanto uma mulher a ponto de esperar mais de 50 anos? Ou a cólera da alma falou mais alto? À vontade frequentemente tida como incontrolável dirigida a uma pessoa pode mover uma vida. O amor pode virar “doença”? O título do livro é Do Cólera e não Da Cólera. Daí a elocubrações sobre a da física e a da alma.Nem sempre uma adaptação é fiel ao livro, este tem mais poder de brincar com as palavras. No cinema o tempo é outro, mas o filme O Amor nos Tempos do Cólera passou a mensagem. Bela trilha sonora, bela fotografia, belas paisagens.
A sensibilidade e a coragem do diretor e do produtor ajudaram. Rodar um filme em um país marcado pela guerra civil e se rodear de artistas e profissionais de todos os cantos do planeta - diretor inglês; diretor de fotografia brasileiro; roteirista sul-africano; atores e atrizes de nacionalidade colombiana, italiana, mexicana, espanhola, além dos 6.000 figurantes. Destaque brilhante para a atuação da atriz brasileira Fernando Montenegro no papel da mãe de Florentino Ariza. Ela arrasa neste papel, pequeno, mas muito marcante
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