quarta-feira, 23 de abril de 2008

Um “presente” ao Brasil

No dia do descobrimento do país, o presente de aniversário foi um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter. O epicentro foi no mar, a 270 km a sudeste de São Paulo, perto de São Vicente. Eu, em sala de aula, tentando orientar TCC, me senti com labirintite, ou em uma vasta ignorância achei que era um caminhão pesado, passando rente a faculdade...tolinha eu. O que houve foi “alguém” lá de cima com grande raiva de muita coisa aqui de baixo, colocando-a para fora.
Juro, eu não sou tão religiosa assim, nem tenho grandes e fortes crenças, mas confesso que adoraria que houvesse uma nova Arca de Noé. Assim, este país seria varrido e limpo. Seres animais e humanos fariam grandes filas para adentrar nessa Arca de Noé 2 – a Revanche.
Como as inscrições gratuitas, seria preciso distribuir senha adiantada já que não existiriam vagas para todos – chegou primeiro leva o menor número. E como nesse país tudo é feito na base da promoção e da fila(que diga o Abadia), não afetaria em nada a vida do brasileiro.
Cambistas fariam plantão no portão principal da Arca, tentando arrecadar uma grana a mais para a futura viagem. O mosquito Aedes aegypti não entraria nem sozinho, nem com a esposa. Político corrupto é uma espécie que por precaução não seria autorizada chegar perto da Arca, caso contrário poderia tentar negociar sua entrada com uma bela propina.
Ambulantes com caixas pesadas sobre as cabeças, venderiam refrigerantes e salgadinhos para saciar a sede e a fome dos possíveis “turistas”. A polícia chegaria horas depois, após uma possível tentativa de invasão. Gás de pimenta e balas de borracha lançadas na população. A quebradeira era geral, pedras, correria, traficantes descendo dos morros, gritos, tiros, a população querendo entrar na Arca a qualquer custo, o Brasil prestes a acabar, e a Arca ainda vazia.
Sem horário de partida, sem organização de entrada, sem saber quantos caberiam na Arca, sem responsáveis pela organização da mesma, sem cobrança de taxa e impostos de entrada, sem um porta-voz, sem explicações, sem segurança - a Arca, tão grande e ainda tão vazia.
E eu? Depois desse devaneio? Vou ficar por aqui mesmo - no Brasil, afinal de contas à confusão daqui do Brasil eu já estou familiarizada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Escritora

Um dia prometo escrever que nem gente grande...assim como você!
Mais vamos a fase canceriana...que loucura ehh...cheia de alto e baixos o nosso estado de graça muda do riso para a lágrima, num piscar de olhos. Mas guerreiras e cheias de sim como somos...sabemos que será apenas mais um daqueles dilúvios momentáneos...passa!
Vamos trocar fases então!!! estou na fase do riso e quero partilhar com vc...tem umas delícias no meu blog...dá um pulinho por lá e depois me conta http://souassimmesmo.avany.zip.net/beijinhos de outra canceriana insana...Ávany

Anônimo disse...

Oi Lis.
Adorei o seu blog desde de a primeira vez que acessei. Já está adicionado aos meus favoritos e sempre que acesso a net passo por aqui para ver se tem novidades...
Muito bom mesmo.
Beijo.