segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Vida dos Outros (Leben der Anderen, Das, 2006)



Não foi a toa que ganhou o Oscar-2007 de melhor filme estrangeiro. Eu amo histórias sobre a Alemanha oriental, antes da queda do muro de Berlim etc. Esse tipo de filme sempre me fascinou. A Vida dos Outros não ficou a desejar. Ele é denso, forte, saí do cinema emocionada.

Em 1984, o governo de Berlim Oriental busca assegurar seu poder através de um cruel sistema de controle e vigilância sobre os cidadãos, na forma da STASI (forma curta de Ministerium für Staatssicherheit, "Ministério para a Segurança do Estado) era a principal organização de polícia secreta e inteligência da República Democrática Alemã (RDA). A STASI foi criada em 8 de fevereiro de 1950, centrava suas operações na capital, Berlim Oriental, onde mantinha um extenso complexo em Lichtenberg e outros menores dispersos pela cidade. Era conhecida como um dos serviços de inteligência mais efetivos do mundo.

A STASI foi dissolvida em 1989 após a queda do Muro de Berlim (ainda bem...mas, voltando ao filme), o capitão Anton Grubitz, interessado numa promoção de carreira, dá a um fiel agente, Gerd Wiesler, o encargo de coletar evidências contra o bem-sucedido dramaturgo Georg Dreyman e sua namorada, a atriz Christa-Maria Sieland.

Dramaturgo e namorada são estrelas do estado socialista, mas nem sempre se sentem afinados com a postura política. De posse de tais informações, Grubitz pretende agradar o Ministro da Cultura, de olho não exatamente na lealdade socialista do casal, mas na bela atriz. O agente encarregado da missão Gerd Wiesler, solitário, sisudo e de poucas palavras, mora em uma cubículo/apartamento, na fria Berlim e, sua sem graça vida começa a ter um ar diferente quando da investigação do casal. Ele descobre um mundo particular de arte e amor com seus novos conhecidos. Nem sempre a vida dos outros é somente deles. Muitas vezes ela se confunde com a nossa. Esbarram em nossas crenças, valores e vontades.

Ai fica a dúvida, ajudar ou não? A ajuda ao outro nem sempre dói ou incomoda. Ajudar alguém pode ser uma recompensa para vida toda. Um dia alguém reconhece e agradece. Seja com um simples obrigado, um olhar ou nesse caso retratado em um livro – “Balada para um homem só”.

2 comentários:

Unknown disse...

Puxa, que legal te "rever", Liz! Achei que vc tinha sumido para todo o sempre... Olha só, nesse meio-tempo eu até publiquei um livro de contos (rsrsrs!). Já dei muita risada com a sua aventura tentando salvar o seu weblogger. Acho que eles faliram de vez, todo mundo que eu conheço saiu de lá, inclusive eu. Seja bem-vinda novamente ao mundo blogueiro, minha amiga.
Beijos!

Edson Marques disse...

Lis,

adorei quando li teu e-mail, hoje.

Essa tua resenha está sendo determinante para que eu me decida a ver o filme, urgentemente.

Fekiz retorno!

Abraços, flores, estrelas..